Um dia após a Prefeitura de Fortaleza ter negado ser a responsável pelo atraso dos salários dos terceirizados de asseio e conservação, a presidente do Sindicato dos Empregados em Empresas de Asseio, Conservação, Administração de Imoveis, Condomínios e Limpeza (Seeconce), Penha Mesquita, disse que “há um cabo de guerra entre as empresas (de terceirização) e a Prefeitura”.
A sindicalista participou nesta quarta-feira (10) de reunião com o secretário municipal de Planejamento, Pessoal, Orçamento e Gestão, João Marcos, no encontro que contou ainda com as presenças das diretoras do Seeaconce, Josenias Gomes e Maury Maia, além de trabalhadores escolhidos como representantes para compor a comissão de negociação.
“Pedimos muito que a Prefeitura fizesse o pagamento (da primeira parcela dos valores devidos de reequilíbrio de contrato), mas o secretário preferiu dizer que vai tentar pagar diretamente ou conseguir outras empresas para absorver esses trabalhadores. Alertamos que isso pode levar muito tempo, e que a situação dos trabalhadores é urgentíssima. Não tem como esperar nem um dia a mais”, comentou Penha Mesquita.
“Infelizmente, é uma Prefeitura que não tem interesse em resolver (a situação). E que mostra desconhecer a gravidade do problema, pois nem sabia quais são todas as empresas que estão com atraso de salário. (…) Há um cabo de guerra entre as empresas e a Prefeitura, mas o trabalhador não pode ser penalizado”, ressaltou.
Ministério Público do Trabalho
João Marcos informou que irá procurar o Ministério Público do Trabalho, na buscar de solucionar o problema de uma forma legal.