“Um mentor financeiro não apenas oferece sugestões técnicas, mas também oferece suporte emocional”, aponta o psicólogo Antonio Souza.
Confira:
Em tempos de incerteza, a busca por estabilidade econômica tornou-se uma prioridade. No entanto, alcançar esse status não se resume a poupar com sabedoria. É necessário passar por uma transformação no entendimento e na conduta, o que pode ser percorrido por meio de mecanismos como a mentoria e os princípios da psicologia, que atuam como guias. A mentoria financeira tem se destacado como uma ferramenta eficaz para guiar as pessoas rumo à prosperidade. Um mentor financeiro não apenas oferece sugestões técnicas, mas também oferece suporte emocional, ajudando o mentorado a superar crenças limitantes que muitas vezes impedem a conquista de seus objetivos. Essas convicções frequentemente criam barreiras internas que dificultam a construção de um patrimônio sólido e contínuo.
A psicologia, por outro lado, permite uma compreensão mais profunda das emoções e comportamentos relacionados ao dinheiro. A maneira como nos relacionamos com o capital está diretamente ligada às nossas raízes emocionais, sendo comum que sentimentos de ansiedade, culpa ou até alegria influenciem decisões financeiras de forma contraditória. Técnicas psicológicas, em suas diversas abordagens, ajudam a identificar padrões de pensamento e comportamento disfuncionais, promovendo um uso mais consciente e responsável dos recursos.
Enquanto a mentoria oferece o direcionamento técnico necessário, a psicologia auxilia no manejo dos aspectos emocionais que podem sabotar o progresso financeiro. A união dessas abordagens permite ao indivíduo não só alcançar seus objetivos, mas também desenvolver uma relação mais equilibrada e sustentável com o dinheiro.
Um estudo publicado por Klontz, Kahler e Klontz (2008) no livro Mind Over Money: Overcoming the Money Disorders That Threaten Our Financial Health reforça a importância de tratar as questões psicológicas ligadas ao dinheiro para se obter uma melhora financeira duradoura. Segundo os autores, distúrbios financeiros, como a compulsão por compras ou a aversão ao risco, são muitas vezes resultantes de traumas emocionais e podem ser tratados com técnicas apropriadas.
Concluindo, hidratar o bolso vai além de estratégias financeiras tradicionais. Exige autoconhecimento e disposição para enfrentar e superar as adversidades emocionais associadas à gestão do dinheiro. Ao integrar mentoria e psicologia, os indivíduos podem não apenas melhorar sua situação financeira, mas também atingir um estado de bem-estar e segurança.
*Antonio Souza
Psicólogo, mentor e palestrante.