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I Simpósio de Cranioestenose e Cirurgia Craniofacial de Fortaleza acontece neste sábado na Unifor

Natália Jereissati é mãe de criança com síndrome de Apert

A Universidade de Fortaleza (Unifor) sediará, neste sábado (22), o I Simpósio de Cranioestenose e Cirurgia Craniofacial de Fortaleza. O evento promoverá debates aprofundados sobre essa condição congênita, caracterizada pelo fechamento prematuro de uma ou mais suturas cranianas — as articulações fibrosas entre os ossos do crânio de um bebê.

Entre os participantes confirmados estão o neurocirurgião pediátrico Eduardo Jucá, professor do curso de Medicina da Unifor e atual presidente da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia Pediátrica, além dos palestrantes Natália Jereissati e Igor Cunha.

Especialistas vinculados ao Hospital Infantil de Boston (Boston Children’s Hospital & Harvard University), referência mundial nesse tipo de tratamento, também participarão, tanto de forma presencial quanto on-line. Profissionais de diferentes estados brasileiros, como Pará e São Paulo, e familiares de pacientes diagnosticados com cranioestenose completam a lista de presentes.

Natália Jereissati e Igor Cunha, pais de João, portador da síndrome de Apert desde o nascimento, compartilharão sua experiência.

Diagnóstico Precoce: Um Fator Crucial

O neurocirurgião pediátrico Eduardo Jucá destaca a relevância do tema e alerta para equívocos comuns durante a avaliação clínica.

“Um exemplo de equívoco comum é a fontanela fechada, muito conhecida como moleira fechada. Esse é um fator que muita gente associa à cranioestenose, mas não é uma causa da condição e, portanto, deve ser evitada. O mesmo vale para as assimetrias posicionais, que não têm relação com a cranioestenose. Essas dúvidas não podem surgir durante a avaliação, pois atrasam o diagnóstico”, explicou Jucá.

Ampliando as Fronteiras do Conhecimento

A discussão em Fortaleza é um desdobramento do trabalho iniciado em março de 2024, quando ocorreu o 1º Simpósio sobre craniossinostose no Brasil, idealizado por Natalia Jereissati e Igor Cunha. O evento foi realizado no Hospital de Reabilitação de Anomalias Cranioencefálicas da Universidade de São Paulo (HRAC-USP), em Bauru.

“Ao decidir realizar o 1º Simpósio no Brasil, em 2024, tínhamos a certeza de que nosso papel seria o de abrir as fronteiras do conhecimento sobre a Síndrome de Apert. Sem dúvida, ao reunir experiências internacionais dos Estados Unidos e da França, bem como trabalhos desenvolvidos no Brasil, conseguimos dar um passo importante na divulgação do conhecimento e no avanço da causa”, disse Natalia.

Sobre o simpósio na capital cearense, Natalia e Igor admitem que o objetivo é compartilhar a jornada de tratamento do filho João, possibilitar maior visibilidade à causa e aprofundar o debate na comunidade médica local. “Acreditamos que, se conseguirmos melhorar um pouco mais a jornada das crianças que ainda nascerão com essa condição, teremos alcançado um grande avanço. No fundo, é essa caminhada que buscamos, incansavelmente, aprimorar”, comenta Natalia.

O simpósio é direcionado primariamente a profissionais da área da saúde e estudantes das especialidades relacionadas ao tratamento das cranioestenoses. No entanto, o evento será aberto ao público geral interessado no assunto.

Eliomar de Lima: Sou jornalista (UFC) e radialista nascido em Fortaleza. Trabalhei por 38 anos no jornal O POVO, também na TV Cidade, TV Ceará e TV COM (Hoje TV Diário), além de ter atuado como repórter no O Estado e Tribuna do Ceará. Tenho especialização em Marketing pela UFC e várias comendas como Boticário Ferreira e Antonio Drumond, da Câmara Municipal de Fortaleza; Amigo dos Bombeiros do Ceará; e Amigo da Defensoria Pública do Ceará. Integrei equipe de reportagem premiada Esso pelo caso do Furto ao Banco Central de Fortaleza. Também assinei a Coluna do Aeroporto e a Coluna Vertical do O POVO. Fui ainda repórter da Rádio O POVO/CBN. Atualmente, sou blogueiro (blogdoeliomar.com) e falo diariamente para nove emissoras do Interior do Estado.

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