“Quando as necessidades básicas são atendidas e há um senso de segurança financeira, os níveis de estresse e ansiedade diminuem, promovendo um ambiente mais saudável, produtivo e de maior integração social”, aponta o psicólogo Antonio Souza. Confira:
A convivência coletiva, baseada em princípios de proteção e cooperação, tem se exposto em uma abordagem valiosa para o bom gerenciamento financeiro, especialmente em tempos de dificuldades econômicas. Esta perspectiva busca possibilidades viáveis que não apenas asseguram a sustentabilidade econômica, mas também promovem dignidade, satisfação e prosperidade entre os indivíduos. Ao considerarmos a psicologia moderna, que trata do comportamento e a experiência humana, entendemos que essas práticas têm um impacto significativo no bem-estar psicológico, emocional e social das pessoas.
O gerenciamento financeiro eficiente, quando pautado em ideias de convivência coletiva, enfatiza a relevância do compartilhamento de recursos e da boa sinergia. Isso pode se manifestar em práticas como cooperativas, economia compartilhada e sistemas de trocas comunitárias. Tais iniciativas não só ajudam na distribuição mais equitativa de recursos, como também criam uma rede de suporte mútuo que fortalece os laços entre trabalhadores de uma empresa ou de uma instituição de classe, por exemplo. Através desse suporte, os indivíduos têm acesso a recursos que, de outra forma, estariam fora de seu alcance na sociedade. Este acesso não apenas melhora as condições de vida laboral, mas também eleva a autoestima e o senso de valor pessoal, familiar e social.
A psicologia moderna aponta que a compreensão de dignidade está internamente ligada à satisfação pessoal e à saúde mental. Quando as necessidades básicas são atendidas e há um senso de segurança financeira, os níveis de estresse e ansiedade diminuem, promovendo um ambiente mais saudável, produtivo e de maior integração social. Além disso, a satisfação derivada de estímulos coletivos de gerenciamento financeiro não se limita apenas ao aspecto econômico.
Estudos em psicologia, como os conduzidos por Martin Seligman, mostram que o envolvimento em atividades altruístas e cooperativas está associado a maiores níveis de felicidade. Seligman, conhecido por seu trabalho sobre florescimento humano, argumenta que “o bem-estar coletivo é fundamental para o bem-estar individual”. Desta forma, ao integrar a convivência coletiva na gestão financeira, estamos promovendo uma vida mais satisfatória para todos.
Em síntese, a prosperidade alcançada através dessas medidas coletivas vai além da mera acumulação de riqueza. A proposta engloba a ideia de um crescimento sustentável e inclusivo, onde todos têm a oportunidade de prosperar. A psicologia moderna reforça que a verdadeira prosperidade está relacionada ao desenvolvimento integral do indivíduo e da comunidade, englobando aspectos emocionais, sociais, espirituais e econômicos.
Antonio Souza é psicólogo, mentor e palestrante