Com o título “IFCE traz outro feito para a educação do Ceará”, eis título da coluna “Fora das 4 Linhas”, assinada pelo jornalista Luiz Henrique Campos no Blogdoeliomar. “Hoje, essa rede de educação profissional e tecnológica ganhou novos ares a partir de uma mudança de paradigma governamental e é referência em educação pública, gratuita e de excelência”, expõe o colunista.
Confira:
A educação do Ceará acaba de conquistar mais um importante feito com a conquista pela segunda vez, por parte do Instituto Federal do Ceará (IFCE), do topo no ranking das instituições públicas depositantes de programas de computador, de acordo com classificação divulgada pelo Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (INPI). Foram 45 depósitos realizados ao longo do ano passado, colocando o IFCE no primeiro lugar entre todas as públicas residentes no Brasil, em número de registros de softwares para concessão de direitos de propriedade intelectual.
O ranking de Depositantes do INPI também apontou o IFCE em terceiro lugar no quadro geral das instituições do país – quer sejam públicas ou privadas – com maior número de depósitos nessa mesma categoria ao longo do período. O relatório é divulgado anualmente, em documento público que apresenta os 50 maiores depositantes por ativo de propriedade intelectual, dividido por categorias, incluindo ainda tópico específico para as instituições não residentes no Brasil.
O fato merece ser destacado dada a importância dessa instituição secular para a construção do perfil profissional de diversas gerações, desde as suas raízes, em 1909, quando o então presidente Nilo Peçanha, instituiu as Escolas de Aprendizes Artífices, uma em cada estado brasileiro. Depois disso, nomenclaturas foram alteradas, primeiro para Liceu Industrial de Fortaleza; depois Escola Industrial do Ceará; Escola Técnica Federal do Ceará, até que em 1999 passou a chamar-se Centro Federal de Educação Profissional e Tecnológica do Ceará (Cefet/CE), estendendo ao nível superior as suas ações acadêmicas.
Hoje, essa rede de educação profissional e tecnológica ganhou novos ares a partir de uma mudança de paradigma governamental e é referência em educação pública, gratuita e de excelência, onde muitos jovens sem antes com perspectivas mais prósperas, passaram a encontrar abrigo nesse ambiente educacional de altíssimo nível. Além disso, a conquista demonstra o quanto a pesquisa dentro do IFCE é levada a sério, fazendo com que seja consequência natural da trilha que vem sendo traçada a vários anos pela instituição.
Mas as boas notícias não param por ai. O IFCE está iniciando em breve, através da sua unidade de Maranguape, o primeiro curso de Tecnologia em Inteligência Artificial e Tecnologias Quânticas. A ser realizado nas modalidades de Educação a Distância (EAD) e presencial, a grade curricular terá duração de dois anos e meio e será o passo inicial de um futuro modelo de verticalização do ensino de IA que a instituição pretende desenvolver a partir do Ceará.
Ao criar o curso de Tecnologia em Inteligência Artificial e Tecnologias Quânticas, o IFCE responde a uma necessidade urgente do mercado e da academia: formar profissionais preparados para liderar a inovação em um cenário global cada vez mais competitivo. Esses diferenciais colocam o curso como referência nacional em inovação tecnológica, destacando-se em rankings e atraindo parcerias estratégicas com empresas e instituições globais. É o Ceará e o cearense provando que nosso destino é desbravar o mundo, sem medo, porque somos formados no calor do sol e na poeira do semiárido que nos avisam que, assim como o vento, podemos ir longe.
*Luiz Henrique Campos
Jornalista e titular da coluna “Fora das 4 Linhas”.