Categorias: Economia

Importadores apontam que “repressão” no Porto do Pecém é questão política

O Complexo Industrial e Portuário do Pecém, em São Gonçalo do Amarante contribui com exportações. Foto: Arquivo

Passadas as eleições do ano passado mais polarizadas ao Palácio do Planalto, desde a redemocratização do Brasil, o ranço entre a esquerda brasileira e bolsonaristas segue em alguns setores pelo país, mais notadamente na economia. Para os empresários da importação de painéis solares e autopeças, a situação é mais grave que o boicote de produtos em prateleiras de supermercados ou marcas anunciadas por “influencers” de diferentes correntes ideológicas.

Segundo o sindicato dos importadores dos setores de painéis solares e autopeças, no Ceará, o quadro é muito mais grave do que se poderia imaginar. De acordo com empresários cearenses, haveria um rigor fora dos padrões de fiscalização na alfândega no Porto do Pecém, conhecida como EVR-SAVIG-IRF-PCE-CE, mas popularmente referida como o “setor de repressão”.

De acordo ainda com o sindicato, apelos já foram feitos à Receita Federal para que uma sindicância fosse realizada como forma de avaliar a conduta do setor no Porto do Pecém, em São Gonçalo do Amarante, na Região Metropolitana de Fortaleza.

Os importadores cearenses já denunciaram ao sindicato que tamanho rigor teria como finalidade o ataque de alas bolsonaristas na alfândega para prejudicar governos estaduais de esquerda, como forma de pressionar o deslocamento das importações para estados com governos de centro-direita.

Foi o que teria ocorrido no ano passado com o Porto de Itaqui, na capital maranhense São Luís, quando o então governador Flávio Dino se mostrou um dos maiores opositores ao então presidente Jair Bolsonaro.

Pressionados, os importadores do Ceará se dizem praticamente obrigados a deslocar suas atividades para o Porto de Suape, na Região Metropolitana do Recife, ou mesmo para Itajaí, em Santa Catarina, onde o problema teria sido resolvido pelo governador Jorginho Mello, do mesmo partido político do ex-presidente Bolsonaro.

Para o sindicato dos importadores, o quadro atípico no “setor de repressão” tem impactado negativamente na arrecadação de impostos, o que resulta em uma queda significativa de receitas nos cofres públicos e afetado importadores de diversos setores.

Após a matéria publicada no Blog do Eliomar, na segunda-feira (18), com o título “Importadores do Ceará pedem sindicância da Receita por possíveis abusos no Porto do Pecém”, o sindicato afirma que recebeu outras denúncias de empresários dos setores de painéis solares e autopeças, além de importadores de outros segmentos.

Eliomar de Lima: Sou jornalista (UFC) e radialista nascido em Fortaleza. Trabalhei por 38 anos no jornal O POVO, também na TV Cidade, TV Ceará e TV COM (Hoje TV Diário), além de ter atuado como repórter no O Estado e Tribuna do Ceará. Tenho especialização em Marketing pela UFC e várias comendas como Boticário Ferreira e Antonio Drumond, da Câmara Municipal de Fortaleza; Amigo dos Bombeiros do Ceará; e Amigo da Defensoria Pública do Ceará. Integrei equipe de reportagem premiada Esso pelo caso do Furto ao Banco Central de Fortaleza. Também assinei a Coluna do Aeroporto e a Coluna Vertical do O POVO. Fui ainda repórter da Rádio O POVO/CBN. Atualmente, sou blogueiro (blogdoeliomar.com) e falo diariamente para nove emissoras do Interior do Estado.

Ver comentários (1)

  • Isto é um absurdo, quando todos estão voltados para o desenvolvimento da Energia Limpa, uins idiotas. , sendo contra! Quanta burrice!

Esse website utiliza cookies.

Leia mais