Com o título “Imprevisibilidade eleitoral”, eis artigo de Ernesto Antunes, palestrante e consultor do Sebrae e Senai. Ele faz uma abordagem e avaliação e que não significa o pensamento deste Blog do Eliomar.
Confira:
Nesta acirrada disputa para Prefeito em Fortaleza, algumas coisas estão me chamando atenção, principalmente no que concerne às diversas e variadas pesquisas eleitorais, onde o que tem imperado são dúvidas e mais dúvidas, em relação aos preferidos para comandar a 5ª maior Capital do Brasil.
Para termos ideia, os Institutos de Pesquisas apresentam, periodicamente, novos resultados onde, realmente, não sabemos se devemos acreditar nos números, pois, recentemente, no mesmo dia, três pesquisas apresentadas nas mídias, expunham resultados completamente diferentes: uma delas, apresentava André Fernandes, do PL, em primeiro lugar, e José Sarto, do PDT, em segundo. Já em outra pesquisa, Capitão Wagner (UB) vinha em primeiro e André Fernandes aparecia em segundo.
A mais recente pesquisa divulgada, já apresentava um empate técnico entre André Fernandes e Evandro Leitão, gerando mais dúvidas, pois não é esse cenário que tenho percebido em minhas andanças atuais.
Baseado nestes resultados divulgados, resolvi fazer uma avaliação em relação a cada candidato, tomando por base, os relatos diários que tenho com diversos segmentos da sociedade, principalmente em relação aos trabalhos onde participo na periferia da cidade. Sem realizar nenhuma indagação pronta, as pessoas expressam a razão de votarem ou não votarem em determinados postulantes a nossa prefeitura, como é o caso de uma moradora do Bairro Messejana, que disse que votaria no Sarto, principalmente pela realização do Programa as Nossas Guerreiras, que possibilitou algumas pessoas de baixa renda e de bairros periféricos da cidade, iniciar um negócio e empreender, através de capacitações gratuitas e um microcrédito de R$3.000,00, contribuindo para tirar as pessoas da ociosidade, com a oportunidade de aumentar o empreendedorismo feminino.
Também ouvimos uma outra participante de um curso que realizamos no Bairro Jangurussu, que afirmou que não sabe em quem votar, mas tem a certeza que não vota no Evandro Leitão, pois segundo afirmou, ficou sabendo que ele não assinou e foi contra a CPI contra as facções no Estado.Para ela, isso deveria ser prioridade do novo Prefeito.
Acompanhando alguns eventos espirituais, surgiram comentários sobre quem seria o melhor candidato em relação a valores éticos e morais, sendo o senador Eduardo Girão (Novo) como o mais lembrado por essas pessoas, que afirmaram que ele é contra o abordo e a liberação de jogos de azar e da maconha, fatores que levam atualmente a diversos problemas sociais na cidade.
Em relação aos outros candidatos postulantes, também existem aqueles que votam principalmente devido aos padrinhos políticos, como é o caso do deputado federal André Fernandes, que, para algumas pessoas, segue as orientações do ex-presidente Jair Bolsonaro e o desejo de mudar a gestão pública no Estado.
Recentemente, estivemos em uma escola pública e, ao entrar, fiquei refletindo sobre uma frase estampada na entrada, da britânica Margareth Thatcher que dizia: “A democracia não é um sistema feito para garantir que os melhores sejam eleitos, mas, para impedir que os ruins fiquem para sempre”.
Portanto, esperamos que os postulantes à nossa Prefeitura, comecem a apresentar propostas e não ataques pessoais. Mesmo com a melhoria na gestão de nossa cidade, acreditamos que tem muito para ser feito, principalmente em relação ao setor do transporte público, visto que a cidade tem um trânsito caótico, muito em decorrência da ausência de metrôs que amenizariamtal situação e desafogaria assim o trânsito. Essa proposta deveria ser prioridade do próximo prefeito.
*Ernesto Antunes
Palestrante e Consultor Empresarial do Sebrae e Senai.
Ver comentários (3)
Concordo professor!
Saudações! Procurei a pesquisa com André Fernandes em primeiro e Sarto em segundo e não encontrei. Fui de ontem até a pré-campanha. Não encontrei. Mas, tudo bem! Vamos aos fatos. O programa Nossas Guerreiras, na Messejana, beneficiou quantas mulheres? Qual foi o retorno para a comunidade? Como se deu as ramificações? Não há dados disponíveis. Mas há consequências hoje e no futuro do fechamento do Gonzaguinha da Messejana para centenas de famílias que passaram mais de dois anos sem pré-natal. Levando os atingidos nas famílias são milhares de pessoas na Grande Messejana. Não houve por parte da gestão atual um plano de atendimento às gestantes. Sobre o Jangurussu, parabéns por arrancar um depoimento de alguém em território de facções, algo que nem a polícia e nem as entidades sociais conseguem. Não por medo, mas por parentes e afins integrantes dos grupos. Jangurussu e Ayrton Senna tenho serviços prestados desde a época do Pantanal. Nunca percebi essa consciência política. Correção, distorção política. Do texto, fico apenas com o trecho "impedir que os ruins fiquem para sempre".
Grato pela contribuição.