O motorista por aplicativo Francisco Aurélio Rodrigues Lima, o assassino do IJF, deverá enfrentar juri popular, no dia 6 de outubro, pelo homicídio e decapitação do zelador Francisco Mizael Souza da Silva, atacado em seu local de trabalho, diante da fúria do agressor, que de forma equivocada acreditava que a vítima teria um caso amoroso com sua companheira, também funcionária do IJF.
A defesa do assassino alega “excesso de acusação”, apesar da premeditação do crime e da barbárie, quando inclusive Aurélio levou uma mochila vazia, o que levantou a hipótese do rapto da cabeça da vítima.
O crime ocorreu em abril do ano passado, quando Francisco Aurélio fez uso de seu cadastro funcional, apesar de desligado do trabalho de cozinheiro do hospital havia dois anos. A falha na segurança do IJF, de responsabilidade da então gestão Sarto, seguiu pelos corredores da maior unidade de saúde de traumatologia do Ceará, sem que o ex-funcionário fosse abordado pelos seguranças, apesar da presença da mochila.
O assassino confesso se dirigiu ao setor da vítima e efetuou disparos. Francisco Aurélio ainda teve tempo de decapitar o zelador, antes que os seguranças dessem conta do que estaria ocorrendo.
Francisco Aurélio ainda conseguiu fugir, mas foi capturado horas depois pela Polícia.
Sarto culpou Elmano
O caso acabou ganhando repercussão política, quando o então prefeito Sarto vislumbrou uma invasão de facção ao IJF para matar um desafeto, responsabilizando o governador Elmano pela barbárie. Mesmo após esclarecido que a responsabilidade do crime recaiu inteiramente sobre a então gestão municipal, desde o acesso do assassino ao IJF, da execução do crime, da decapitação até a fuga, não houve pedido de desculpas por parte de Sarto ou mesmo o reconhecimento da responsabilidade.