Trinta e dois meses depois da morte de seis pessoas e de cinco tentativas de homicídio, no crime que ficou conhecido como “Chacina da Sapiranga”, a Justiça acatou nesta terça-feira (3) o pedido do Ministério Público do Ceará (MPCE), por meio da 108ª Promotoria de Justiça de Fortaleza, e levará a júri popular 22 dos 23 acusados da prática do delito.
A 1ª Vara do Júri da Comarca de Fortaleza ainda marcará a data dos julgamentos. Dos 23 acusados, somente Kevem Tyago Costa Pompeu, embora denunciado e considerado réu, não irá a julgamento até o momento, pois o processo em relação a ele está suspenso, porque ele não foi localizado para citação pessoal. Já Israel Ferreira, Jeandson dos Santos, Vinícius da Silva e Yuri Bento se encontram foragidos, mas poderão ser julgados à revelia.
Os outros acusados são André Soares Júnior, Alessandro Vieira da Silva, Antônio Gabriel Sousa da Silva, Charles Dantas Oliveira, Eduardo José do Nascimento, Francisco Wellington Bezerra da Silva Filho, Gabriel Sousa Freitas, João Ricardo Sousa da Silva, João Victor Aguiar de Sousa, José Ivan Alves da Silva Filho, Kaique de Sousa Domingos, Kevem Tyago Costa Pompeu, Mateus Aguiar de Sousa, Mateus Acelino da Silva, Miguel Sousa da Silva, Nilson Lima Nogueira Filho, Raí Cesar Silva Araújo, Thiago Farias de Lima e Tiago Pereira Mendes.
O crime
A chacina ocorreu na madrugada do dia 25 de dezembro de 2021, em uma festa de Natal, no bairro Sapiranga, em Fortaleza. Seis pessoas foram mortas e cinco ficaram feridas. Conforme as investigações, o crime ocorreu após duas lideranças de uma facção que atuava na comunidade da Fronteira, Raí César Silva Araújo e João Ricardo Sousa da Silva, migrarem para outro grupo criminoso. Os dois uniram-se aos outros 20 réus para executar todos aqueles que decidiram permanecer na facção anteriormente comandada por Raí e João Ricardo. A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público em 20 de janeiro de 2022.