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“Mais uma vez comunicação”

Cleyton Monte é pesquisador e também diretor do Instituto Centec. Foto; Arquivo Pessoal

Com o título “Mais uma vez a comunicação”, eis artigo de Cleyton Monte, cientista político, professor universitário, pesquisador e diretor do Instituto Centec. “Paralelo aos investimentos da agenda de governo, o desafio da comunicação institucional deve ser aproximar a administração do cotidiano social, principalmente dos que utilizam os serviços públicos com maior regularidade”,expõe o articulista.

Confira:

O início de 2025 demarca a metade das gestões estaduais e federal. Um momento de balanço sobre o que foi produzido e, principalmente, o que deverá ser entregue à sociedade. Tanto é que o governo Elmano já fez sua reforma e, certamente, Lula seguirá o mesmo caminho. O desafio de ambos é imprimir uma marca de governo que seja forte o suficiente para garantir competitividade eleitoral e limitar opositores. Uma tarefa difícil, que passa pela comunicação dos feitos administrativos em meio ao turbulento cenário de polarização e limitações orçamentárias.

Não adianta realizar um programa fantástico ou mesmo ostentar índices socioeconômicos satisfatórios se essa realidade não for traduzida em percepção de melhoria de vida da população. O governo Lula conseguiu
expandir o PIB, reduzir o desemprego, retomar os investimentos públicos e criar controles inflacionários – mesmo assim sua taxa de popularidade não foi alterada (a margem de apoio continua intacta). É preciso retomar o diálogo e os projetos para públicos estratégicos, como os jovens e a classe média.

O governo Elmano, mesmo com um panorama político menos tenso que o vivenciado por Lula, enfrenta dilema parecido. Bateu recorde na geração de emprego, articulou programas que tiraram milhares da linha da pobreza e incrementou o PIB cearense. Na mesma linha do governo federal, não conseguiu avançar na avaliação de sua administração. Falta um olhar especial para as Regiões Metropolitanas de Fortaleza e do Cariri. Essas pesquisas são termômetros importantes para medir a compreensão acerca das políticas públicas, servindo como ferramenta para alterar rotas.

Paralelo aos investimentos da agenda de governo, o desafio da comunicação institucional deve ser aproximar a administração do cotidiano social, principalmente dos que utilizam os serviços públicos com maior
regularidade. As propagandas na rádio e na TV não atendem a todos os grupos. As redes sociais oficiais precisam ser atualizadas em termos de linguagem e conteúdo. Faz-se necessário uma análise sobre o alcance dessas
publicações. Não há dúvida que as gestões produzem resultados de impacto – mesmo que não seja no ritmo esperado. A grande questão é que parte da população ainda não tomou conhecimento dessas ações e isso faz toda
diferença em disputas cada mais acirradas.

*Cleyton Monte,

Cientista político, professor universitário, pesquisador e diretor do Instituto Centec.

Eliomar de Lima: Sou jornalista (UFC) e radialista nascido em Fortaleza. Trabalhei por 38 anos no jornal O POVO, também na TV Cidade, TV Ceará e TV COM (Hoje TV Diário), além de ter atuado como repórter no O Estado e Tribuna do Ceará. Tenho especialização em Marketing pela UFC e várias comendas como Boticário Ferreira e Antonio Drumond, da Câmara Municipal de Fortaleza; Amigo dos Bombeiros do Ceará; e Amigo da Defensoria Pública do Ceará. Integrei equipe de reportagem premiada Esso pelo caso do Furto ao Banco Central de Fortaleza. Também assinei a Coluna do Aeroporto e a Coluna Vertical do O POVO. Fui ainda repórter da Rádio O POVO/CBN. Atualmente, sou blogueiro (blogdoeliomar.com) e falo diariamente para nove emissoras do Interior do Estado.

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