Morreu, no começo da madrugada desta segunda-feira, em Fortaleza, o ator Ary Sherlock, nome que se confunde com a dramaturgia cearense.
Nascido em Sobral mas tendo vivido toda a sua vida em Fortaleza, lutava contra uma demência (Mal de Lewy) há mais de 10 anos.
Ary estreou como ator na peça Os Mortos Sem Sepultura, de Jean-Paul Sartre (tradução e direção de Vicente Marques), encenada no Teatro José de Alencar pelo Grupo Teatro Experimental de Arte, em 25 de novembro de 1954.
A partir de 29 de março de 1956, integra-se à tradição de durante a Semana Santa, no Patronato Nossa Senhora Auxiliadora (Avenida Imperador), encenar sob a direção de Waldemar Garcia a peça Cristo no Calvário (com versos de Eduardo Garrido) na qual interpreta Caifaz e posteriormente Judas. Atuou também em A Canção Dentro do Pão, de R. Magalhães Júnior e A Revolta dos Brinquedos, montagens da Comédia Cearense dirigidas por Haroldo Serra em 1958.
Segundo o ator e diretor Ricardo Guilherme, Ary vivia numa casa no bairro Jardim Iracema.
O enterro está previsto para Maracanaú (RMF).
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