“Não são raros os dias em que vemos motos ao chão, sangue no asfalto, guiadores/ passageiros machucados ou mortos”, aponta o escritor e empresário João Soares Neto.
Confira:
Dirijo carro desde o século passado quando a cidade parecia amigável, lisonjeira e não havia motos aos nossos lados como se fossem um cortejo permanente e perigoso.
O tempo foi passando e as mesmas estreitas ruas foram sendo parceladas para bicicletas que hoje são bikes. Muitas.
Mas, não ficou só nisso, tal a China as ruas – que lá são largas – foram invadidas por uma quantidade imensa de motos particulares e de serviços, de todas as naturezas, desde conduzir pessoas na garupa a artefatos de construção, até tudo o que se possa imaginar. Aumentam a área circundante.
Arranham carros, quebram lanternas laterais e alguns falam com os motoristas como se fossem donos do espaço e da razão.
Não são raros os dias em que vemos motos ao chão, sangue no asfalto, guiadores/ passageiros machucados ou mortos , como aconteceu nesta semana em Fortaleza.
A vítima era um jovem universitário querendo chegar à faculdade. Estava no esplendor da vida.
Não pedira ao guiador que ultrapassasse sinal vermelho. Mas aconteceu, foi jogado para trás, caiu e atropelado por um ônibus.
A família está desolada, com infinita razão. Que Deus os console. João Victor seria engenheiro de sistemas.
Bem que os candidatos a prefeito incluíssem vias exclusivas para motos e bikes em suas promessas. Ainda há tempo. E abrissem outras vias, a cidade pede.
Vidas são perdidas e outras ficam com deficiências por conta dos acidentes rotineiros.
Vidas importam, quaisquer que sejam.
João Soares Neto é escritor e empresário
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Um grande jornalista, com uma excelente contribuição ao jornalismo do Ceará.