Muita Cautela na Hora de Contrair um Empréstimo ou Financiamento – Por Fabiano Mapurunga

Orçamento 2025 em discussão. Foto: Arquivo

Estamos vivendo um período econômico e social bem complexo, onde o desemprego assola a mais de 8 milhões de brasileiros, logo a circulação da moeda também diminui, comprometendo negativamente o consumo. Daí as empresas, que dependem deste consumo, também acabam tendo problemas em escoar sua produção e com isso acabam tendo dificuldades em fazer caixa para honrar as suas dívidas. É um ciclo de negativações que obriga, muitas vezes, às pessoas físicas e jurídicas a contraírem empréstimos para tentar reduzir suas assimetrias financeiras. E por conta, muitas vezes da urgência, acabam não tomando alguns cuidados que poderiam lhes ajudar a não criar mais uma dívida que poderá se transformar em uma bola de neve.

Dados da Pesquisa Perfil do Endividamento do Consumidor em Fortaleza, referente ao mês de abril, desenvolvida pela Fecomércio Ceará, por meio do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Ceará (IPDC), revela que 75,3% dos residentes da capital atualmente estão endividados doSerasa demonstram que 45% da população cearense está inadimplente. O Ceará é 12º Estado do Brasil com maior proporção de adultos inadimplentes, ficando atrás somente de Pernambuco.

Embora estes dados reflitam pontos a serem melhorados em nossa economia, saliento que este é momento de retomarmos as rédeas do nosso crescimento econômico. Vejo com muito otimismo as possibilidades que se apresentam, e atribuo ao emprego de técnicas de gestão o melhor caminho para se alcançar bons resultados. Muito importante tanto para as pessoas físicas, quantos para as pessoas jurídicas, procurarem profissionais que possam lhes orientar a melhorar seu fluxo financeiro, empregando técnicas de renegociação, reformulando processos produtivos, recalculando custos, revisando cargos e funções, montando planejamentos orçamentários, etc.

O desemprego e os juros elevados do comércio, aliados a outros fatores, fazem com que as Pessoas Jurídicas e Físicas tenham cada vez mais o hábito de recorrer a empréstimos para sanar seus problemas de caixa. Alguns cuidados básicos são necessários para não entrarem em um redemoinho de dívidas:

  1. Procure sempre calcular o tamanho real da sua dívida para não pegar um valor muito superior, ou muito inferior ao que se necessita;
  2. Procure a ajuda de um especialista para lhe orientar qual a melhor modalidade de crédito para o seu caso. Existem linhas específicas para cada necessidade;
  3. Não se deixe levar pelo valor aparente da taxa, pois existe uma boa diferença entre taxa nominal (a taxa que é dita) e taxa efetiva (a que realmente é cobrada). Verifique se a parcela está dentro de sua capacidade de pagamento;
  4. Tenha sempre um controle de seus pagamentos e recebimentos, e monte um planejamento orçamentário para não perder o domínio das suas contas. Disciplina é a palavra de ordem.

Muito importante sempre se manter no controle da sua situação financeira. Se você não possui o seu Planejamento, sempre acabará tomando empréstimos para apagar incêndios e nunca resolvendo a situação.

Fabiano Mapurunga: Fabiano Mapurunga é Mestre em Administração de Empresas com ênfase em Finanças pela Unifor, Pós-Graduado em Gestão de Negócios pelo INSPER, MBA em Gestão Financeira e Controladoria pela FGV, MBA em Agronegócios pela USP/ Esalq e Graduado em Administração de Empresas pela UFC. Possui experiência de 23 anos na área de Finanças Corporativas. Atualmente trabalha com inovação e consultoria financeira para empresas nacionais, além de se dedicar a novos negócios e investimentos. É professor universitário em cursos de Pós Graduação e autor de vários artigos.

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  • Depois que eu fiquei recebendo esse material, resolvi guardar na poupança nubank um Valor pequeno, más consegui abri minha mente para a palavra investimento!! Obrigado por compartilhar estas informações.

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