A menos de três semanas do início da COP30, em Belém (PA), lideranças mundiais engajadas em discutir as mudanças do clima afinam o discurso com cientistas que estão preocupados com o futuro da Terra e com a resistência das espécies do planeta, entre elas, a espécie humana.
Para o astrofísico Ricardo Ogando, do Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (MCTI), a Terra é “a nossa única opção”. Ele está alinhado com o movimento global de astrônomos e voluntários Astronomers for Planet Earth (Astrônomos pelo Planeta Terra, em livre tradução), que defende soluções práticas em prol da regeneração do planeta.
Em entrevista exclusiva, Ogando reforçou a importância do planeta Terra e de investimentos em políticas públicas a favor do meio ambiente. Ele exclui, por uma série de fatores científicos, a crença futurística de habitarmos um “Planeta B”, em um futuro próximo ou remoto.
“São vários fatores que você tem que conjugar para chegar a um planeta que seja habitável. Mas, ainda tem a questão de conseguir chegar lá. Ou seja, nosso planeta é algo muito extraordinário mesmo”, explica Ogando.
Para Ogando, nem mesmo Marte, nosso planeta vizinho, e com missões programadas para as próximas décadas seria habitável. Além de questões de infraestrutura e de habitação, o astrofísico pondera a questão dos investimentos. “É muito mais barato ficar na Terra e cuidar dela. Essa é uma conta fácil de fazer”, diz.
(Agência Brasil)