Uma entrevista do prefeito de Caucaia, Naumi Amorim (PSD), nesta segunda-feira (10), ao podcast Jogo Político, do O POVO, repercute nas redes sociais, após o gestor municipal acusar o ex-prefeito Vitor Valim de formação de quadrilha.
“Na gestão passada, entrou uma quadrilha. Uma quadrilha que se instalaram (sic) no município para saquear o dinheiro do povo. A cidade está quebrada, ela não tem recurso porque foi saqueada. (…) Teve assim um arrastão, no município de Caucaia, que foi cruel. A população de Caucaia vai pagar por muito tempo. (…) A gestão anterior! Ela foi feita tudo para fazer esquema na cidade”, disse Naumi, aos jornalistas Érico Firmo e Carlos Mazza.
Procurado pelo Blogdoeliomar, Valim afirmou que Naumi mente e que faz o povo de Caucaia sofrer, quando estaria criando narrativas para seguir punindo a população com a retirada de programas como o Bora Conectar, que proporcionava internet gratuita a todos os estudantes da rede pública municipal, além de reduzir drasticamente a oferta do Bora de Graça, o maior programa do Brasil de gratuidade nos ônibus.
Sobre a suposta dívida milionária que Naumi apontou no Jogo Político, referente ao Bora de Graça, Vitor Valim lembrou que o Ministério Público acompanhou que, das 40 parcelas à empresa Vitória, 39 foram quitadas.
Valim lembrou, ainda, que a dívida milionária apontada pelo atual gestor foi causada pelo próprio Naumi, quando contraiu empréstimo, em dólar, junto ao Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), em 2018, sem um seguro cambial. Com a disparada da moeda norte-americana, a dívida ficou praticamente impagável.
“Como eu poderia ter deixado uma dívida milionária, se não contraí empréstimos ou financiamentos em Caucaia? A folha de pagamento absorve a maior parte do orçamento de qualquer município de médio porte. E ela ficou em dia, sem atrasos, incluindo o décimo terceiro. Então, essa conta só não fecha na cabeça do Naumi”, ressaltou Valim.
O ex-prefeito recordou também que recebeu Caucaia, em 2021, da então gestão Naumi Amorim (2017/2020), suja e prédios de escolas com risco de desabamento.
“Fizemos uma força-tarefa para limpar as ruas e avenidas e reformamos as escolas. Naumi não deixou uma marca de gestão e, ainda assim, a cidade estava com dívidas junto aos fornecedores e servidores com salários defasados. Demos aumento real ao funcionalismo, colocamos ônibus de graça, entregamos tablets a todos os alunos e notebooks aos professores, trocamos todas a iluminação pública, pavimentamos ruas e locais que sequer tinham acesso, reformamos postos de saúde e implementamos leitos de UTI no hospital, entregamos o Cazuzão e deixamos o Camelódromo com 95% de obras concluídas, além de ajudarmos o Governo do Estado na construção da alça do Metrópole e dos espigões. Alguém é capaz de apontar um feito na última gestão do Naumi? Creio que não”, destacou Valim.
(Colaborou o jornalista Nicolau Araújo)