“Nordeste (Sempre)” – Por João Teles de Aguiar

Professor João Teles. Foto: Reprodução

Com o título “Nordeste (Sempre)”, eis artigo de João Teles de Aguiar, professor, historiador e membro da Confraria de Leitura. “Pois é. Não precisamos sair daqui para comer o que é bom, para saborear maravilhas preparadas pelas mãos habilidosas de nossas mães/mulheres/cozinheiras ou chefs. Todos são mestres nisso”, expõe o articulista.

Confira:

A rica e diversificada culinária do Nordeste merece respeito, já que é conhecida por sua variedade e riqueza de sabores e ingredientes. “Com forte influência indígena, africana e portuguesa, resulta em pratos únicos e marcantes. Pratos, como: acarajé, vatapá, moqueca, baião de dois, cuscuz e carne de sol, são exemplos da diversidade gastronômica da região.”, diz-me um texto da Net, que continua:

“A moqueca de peixe, o bobó de camarão e o famoso baião de dois, precisam figurar na lista de pratos que devem ser provados, durante a estada nos Estados nordestinos. A mandioca, também conhecida como macaxeira, também está presente nos 9 Estados, assim como o cuscuz e a tapioca.”

Pois é. Não precisamos sair daqui para comer o que é bom, para saborear maravilhas preparadas pelas mãos habilidosas de nossas mães/mulheres/cozinheiras ou chefs. Todos são mestres nisso.

Mas, quem não conhece, deita falação. Usa o espaço livre da Internet para dizer ou espalhar sandices. Tudo isso, sem base histórica, geográfica e cultural. Tudo em busca dos likes fáceis das redes.

Por trás de uma tela, fica maneiro atacar, vilipendiar, assacar… Hoje em dia este é o jogo de muita gente, que precisa aparecer e necessita de mídia para estar na ordem do dia das futilidades.

Essa gente, claro, não tem nenhum compromisso com a Cultura de lugar nenhum, seja de Pernambuco, do Rio Grande do Norte, do mestre genial Luís da Câmara Cascudo ou do Ceará de Patativa. E parece nada para esse pessoal. Esse povo é atrevido. Ficar por trás de uma máquina modernosa lhe dá força, tutano e atrevimento para atacar todo mundo, impunemente.

E o que estamos fazendo nas escolas primárias, secundárias ou de ensino superior? Trabalhando a afirmação, enquanto eles apregoam a negação? Nem sempre, né?

Por essas e outras, a escola precisa ser repensada, precisa se transformar em uma caixa de ressonância das atrações culturais.

As crianças e jovens precisam saber de tudo o que ocorre nos galpões, ateliês, salas e garagens. A cultura precisa ser difundida e a escola precisa ser mestra nisso.

A quem interessa um povo sem Cultura, longe dos ensinamentos do folclore, das tradições, do artesanato rico e variado?

*João Teles de Aguiar

Professor e historiador, integrante do Projeto Confraria de Leitura

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