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Número de acidentes envolvendo transportes clandestinos tem gerado vítimas no Ceará

Polícia Rodoviária Federal fiscaliza o setor nas rodovias. Foto: Divulgação

Uma série de graves acidentes envolvendo transportes clandestinos no Ceará, nas últimas semanas, trouxe à tona os sérios riscos associados a essa prática irregular. Com registros de diversas vítimas, os episódios reforçam a necessidade imediata de medidas efetivas para combater a clandestinidade no setor e priorizar a segurança dos passageiros.

Na última quinta-feira, um grave acidente ocorreu na CE-187, na comunidade de Massapê, entre Tauá e o distrito de Santa Teresa, no Sertão dos Inhamuns. O acidente envolveu um ônibus da empresa Edson Turismo e uma Hilux modelo SW4. A colisão aconteceu na “curva do Chico Branco”, um trecho reconhecido como crítico na região, resultando em 5 pessoas feridas e consideráveis danos materiais.

Outro caso recente ocorreu na última segunda-feira. O ônibus clandestino, também da empresa Edson Turismo, que vinha de São Paulo com destino à Tauá e municípios da região, pegou fogo, na cidade de Eliseu Martins, localizada no Sudoeste do Piauí.

O incêndio começou na parte traseira do coletivo onde fica o motor e rapidamente de espalhou. Os passageiros conseguiram sair, mas nem todos salvaram suas bagagens, que foram consumidas pelas chamas.

Em meio a este cenário de risco, a Associação Brasileira de Transportes Terrestres enfatiza a urgência de medidas firmes e integradas para combater essa prática ilícita e garantir a proteção das vidas envolvidas.

Caso grave

O caso mais grave aconteceu na madrugada do dia 7 de janeiro, quando um ônibus clandestino oriundo de Novo Oriente, no Sertão dos Inhamuns, no Ceará, pertencente à empresa Baleia Turismo, se envolveu em um acidente na BR-135, nas proximidades do município de Corrente, no Piauí. O episódio vitimou 7 pessoas. Em menos de 15 dias, são seis ocorrências envolvendo o transporte alternativo divulgadas pela imprensa. E o número pode ser ainda maior, pois várias situações de risco não são reportadas.

A recorrência de acidentes evidencia os riscos inerentes ao transporte clandestino. A Associação Brasileira das Empresas de Transporte Terrestre de Passageiros (ABRATI) destaca que a prática desse serviço é caracterizada por sérias irregularidades, como a carência de fiscalização, a falta de manutenção adequada dos veículos e a presença de motoristas sem qualificação apropriada. Esses fatores comprometem a segurança dos passageiros e elevam significativamente a probabilidade de acidentes fatais.

Apesar da existência de leis e regulamentações específicas que estabelecem os requisitos para o transporte rodoviário de passageiros, a insuficiência na fiscalização permite que veículos clandestinos sigam operando, colocando vidas em risco.

Transporte clandestino

Com o objetivo de atrair consumidores, os preços são mais baixos. Porém, essa economia aparente pode resultar em custos elevados, como atrasos, desconforto e, em situações mais graves, acidentes. Além disso, não há emissão de bilhete fiscal.

Os veículos e colaboradores da empresa, geralmente, não apresentam qualquer identificação visual, como logomarcas ou uniformes.

Os clandestinos frequentemente embarcam passageiros em locais não autorizados, como postos de gasolina ou beiras de estrada, sem oferecer garantias mínimas de segurança ou qualidade;

Sem manutenção, os veículos clandestinos podem estar amassados, sujos e não apresentar itens de segurança essenciais para as viagens.

SERVIÇO

*Denúncias sobre transporte clandestino podem ser encaminhadas à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) por meio do WhatsApp (61) 99688-4306, pelo e-mail ouvidoria@antt.gov.br ou pelo telefone 166.

Eliomar de Lima: Sou jornalista (UFC) e radialista nascido em Fortaleza. Trabalhei por 38 anos no jornal O POVO, também na TV Cidade, TV Ceará e TV COM (Hoje TV Diário), além de ter atuado como repórter no O Estado e Tribuna do Ceará. Tenho especialização em Marketing pela UFC e várias comendas como Boticário Ferreira e Antonio Drumond, da Câmara Municipal de Fortaleza; Amigo dos Bombeiros do Ceará; e Amigo da Defensoria Pública do Ceará. Integrei equipe de reportagem premiada Esso pelo caso do Furto ao Banco Central de Fortaleza. Também assinei a Coluna do Aeroporto e a Coluna Vertical do O POVO. Fui ainda repórter da Rádio O POVO/CBN. Atualmente, sou blogueiro (blogdoeliomar.com) e falo diariamente para nove emissoras do Interior do Estado.

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