Com o título “O adoecimento do professor”, eis artigo de João Teles de Aguiar, professor e historiador. Ele bate numa tecla importante e sempre esquecida nos planos da área da Educação.
Confira:
A violência contra professores no Brasil continua no País inteiro. São tantos casos que a gente chega a confundir um com o outro. Um problema grave, que não recebe das autoridades o enfrentamento necessário.
As leis precisam se adequar. A realidade se impõe, senhores.
Os casos envolvem desde agressões físicas, verbais e psicológicas à ameaças de morte.
O que fazer diante disso tudo? Só os sindicatos de professores não estão dando conta. No meio disso tudo, há censura e até perseguição e pressão ideológica.
Afinal, quem pauta o professor? O currículo, a escola ou os senhores da politiquice?
Profissional sob pressão trabalha mais e melhor? Ajuda a meninada a pensar, a criar? É difícil!
Falta de informação, politicagem e extremismos têm tirado de nós, professores, a paz tão necessária em um ambiente de trabalho. Faz-se necessário que as Câmaras de Vereadores, as Assembleias Legislativas e o Congresso Nacional pautem essa problemática.
A escola quer paz e o professor quer trabalhar e orientar crianças e adolescentes Há um currículo, uma coordenação, uma supervisão e uma gestão escolar para ver tudo isso. Todos orientados, claro, por técnicos e especialistas das Secretarias de Educação, mas continua tudo na mesma.
E pelo que se passa no ambiente escolar (carregado) eclodem o estresse, a ansiedade, a angústia e o adoecimento emocional que faz tanta gente da área sofrer… muitas vezes calada.
Mas, reforço a pergunta: Quem vai cuidar do professor, hoje doente por cuidar de tanta gente e tantos problemas?
*João Teles de Aguiar
Professor, historiador e membro da Confraria da Leitura.