O futebol como paraíso das Bets – por Luiz Henrique Campos

O futebol como paraíso das Bets

O escândalo envolvendo a prisão de uma influenciadora e a indisponibilidade de bens de um cantor famoso trouxeram à tona a questão das bets e a febre das apostas por meio digital no país. Na esteira dessa jogatina, o futebol como pano de fundo dessa desenfreada mania do brasileiro pelas apostas.

Acho até que demorou para estourar o primeiro escândalo, dada a quantidade de empresas que hoje atuam no mercado e principalmente no futebol, com grande parte dos nossos maiores clubes patrocinados por essas marcas que surgiram de uma hora para outra.

Sim, porque parece que a cada dia uma nova marca de aposta surge como se dinheiro para essas empresas nascesse como capim. Antes dela dominarem o futebol e o seu entorno como patrocinadoras, as marcas que eram vistas nas camisas dos clubes eram geralmente conhecidas do mercado, com reputação e muitos anos de estrada.

Com as bets isso é diferente. Primeiro, porque não se sabe quem são os proprietários dessas empresas e o mais grave, qual a origem do dinheiro que usam para seus patrocínios. Não duvido que em breve surjam novos escândalos maculando mais ainda a imagens de nosso futebol já tão arranhado.

Ceará perde nos detalhes

Nada é mais certo em partida de futebol, do que a máxima de que um jogo se decide nos detalhes. Na partida de ontem do Ceará contra a Chapecoense, mais uma vez isso se confirmou.

O alvinegro abriu o placar no primeiro tempo e poderia ter feito mais gols ainda nos 45 minutos iniciais. No segundo tempo, nem se fala. O Ceará foi melhor, teve chances, mas não conseguiu sair com a vitória.

A derrota, nesse sentido, pode ser creditada aos detalhes. Um deles, os erros constantes de finalização de Lucas Rian. O atacante até que é incisivo, leva perigo a defesa adversária, mas tem se revelado um péssimo finalizador. O jogo de ontem apenas confirmou o que já vinha se verificando nas outras partidas. Rian está sempre onde a bola está, mas não consegue colocar para dentro.

Outro detalhe que se verificou contra a Chapecoense foi a fragilidade da dupla de zaga Mateus Felipe e David Ricardo em jogadas aéreas, fato que tem sido recorrente.

Fortaleza desperdiça a gordura no Brasileirão

O Fortaleza terminou a rodada em terceiro lugar e a quatro pontos do Botafogo, que está em primeiro. Em termos numéricos, nada está perdido se formos falar da possibilidade de título. Mas o tricolor jogou em apenas três jogos desde quando assumiu a liderança, toda a gordura que havia acumulado.

Desses três jogos, o Fortaleza conquistou apenas um ponto dos nove disputados, sendo que uma dessas partidas foi justamente contra o Botafogo.

É fato que o time cearense não teve descanso como outros clubes brasileiros por conta da data Fifa e ainda enfrentou deslocamentos em poucos dias, mas tem chamado a atenção como o tricolor vem jogando os últimos jogos, sempre mais defensivo do que de costume.

Luiz Henrique Campos: Formado em jornalismo com especialização em Teoria da Comunicação e da Imagem, ambas pela UFC, trabalhei por mais de 25 anos em redação de jornais, tendo passando por O POVO e Diário do Nordeste, nas editorias de Cidade, Cotidiano, Reportagens Especiais, Politica e Opinião.

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