“Gilson Moreira toma posse na mais importante instituição de estudos históricos do Ceará e, sem dúvida, também do Brasil”, aponta o jornalista e poeta Barros Alves. Confira:
Encho-me de alegria e regozijo-me com o sucesso e a vitória de amigos que alcançam o merecido êxito nas lides em que desenvolvem suas competências. Isso de me entusiasmar com a ascensão dos que fazem parte do meu relacionamento não constitui virtude de minha parte. O fato é que amizades são escolhas. Eu não escolho pessoas frustradas, azedas, pessimistas, inconsequentes para inscreverem-se entre as minhas amizades. Amigo é palavra cara, como escreveu o poeta Correia Júnior, acrescentando que “feliz quem pode achar um, porque o nome é comum, porém a coisa é mais rara.” Daí é que meus amigos são do quilate do historiador Gilson Moreira, homem de boa vontade no sentido bíblico do termo, reconhecidamente identificado pela lhaneza no tratar, pelas boas maneiras, pela lealdade desinteressada, sobretudo pelo rigoroso comportamento ético nos relacionamentos pessoais e profissionais. A afirmação merece relevo nesse momento em que Gilson Moreira toma posse na mais importante instituição de estudos históricos do Ceará e, sem dúvida, também do Brasil, o Instituto do Ceará; Histórico, Geográfico e Antropológico, conforme exigia o mestre e meu velho amigo Mozart Soriano Aderaldo, de saudosíssima memória, que assim o Instituto seja nomeado, deixando claro, por justiça, a abrangência dos seus misteres. Ademais, lembre-se à saciedade, que o atual guardião-mor do Instituto do Ceará, o general Júlio Lima Verde, tem sido um timoneiro dedicado e resiliente, ao tempo em que preserva método axiológico para a escolha de novos membros a comporem aquele sodalício.
Conheço as qualidades intelectuais do Engenheiro Eletrônico Gilson Moreira, servidor qualificado da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, com extenso currículo profissional em outras searas. Sou testemunha do seu desvelo pela pesquisa histórica, sua dedicação ao estudo e à garimpagem dos fatos ocorridos no passado do povo cearense; seu amor às glebas interioranas que se formaram nos começos do Ceará, em especial a sua querida Icó, onde bebe inspiração e recolhe material para os ensaios que publica. Com efeito, dessa messe vieram à lume obras da melhor lavra, como “Ribeira dos Icós – Genealogia das Famílias”, “A Vida Eclesiástica da Ribeira dos Icós, de 1700 aos Dias Atuais”; e “Icó: História e Organização Político-social. Período Provincial Lusitano.” Grecianny Cordeiro, uma das mais brilhantes intelectuais cearenses, designada para saudar o novel sócio do Instituto do Ceará, depois de listar as qualidades do recipiendário, assim como as várias entidades literárias em que o pontifica, refere em palavra acolhedora e justa, que “Gilson é um intelectual que se dedica, sobretudo, ao estudo da História de seu torrão natal, desde a época provincial até os dias hodiernos, preocupando-se com o estudo da genealogia das famílias e da vida eclesiástica da Ribeira dos Icós (…) é um estudioso que conta sobre o sertão e as águas que banham sua aldeia, o célebre Rio Salgado, que corre em tantos municípios da região do Cariri, levando o precioso líquido a milhares de pessoas.” O historiador Gilson Moreira é merecedor dos mais efusivos parabéns. De igual modo também o Instituto do Ceará, por acolhê-lo em seu quadro de sócios efetivos.
Barros Alves é jornalista e poeta