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“O Oscar ideológico”

Paulo Elpídio de Menezes Neto é cientista político, professor e escritor, além de ex-reitor da UFC.

“Em Hollywood, tropas ideológicas acamparam para dar combate ou celebrar o filme brasileiro. Muitos dos combatentes sequer assistiram ao filme”, aponta o cientista político e escritor Paulo Elpídio de Menezes Neto

Confira:

“O diabo pode citar as Escrituras, quando isso lhe convém”, Shakespeare

O Oscar, os tapetes vermelhos da Academia e os “eleitores” espalhados mundo afora enfrentam uma batalha campal ideológica sem precedentes.

O talento de Selton Mello e de Fernanda Torres não está “sub judice”. São artistas, atores e dramaturgos consagrados.

O filme, “Ainda estou aqui”, não é só teatro, arte dramática ou exercício estético. Conta uma história, “reconstrói” versões acumuladas nas gavetas da história política do País, enfrenta versões díspares, contestadas, Na política, a verdade é transitória, ganha a velocidade de contrapontos incontornáveis e sempre se renova.

Parece óbvio que, por tratar-se de construção espelhada em fatos históricos controvertidos, muitas das versões reconhecidamente verdadeiras, poderiam despertar a crítica de vigilantes ideológicos que os há nos campos da inteligência em constante mutação.

Em Hollywood, tropas ideológicas acamparam para dar combate ou celebrar o filme brasileiro. Muitos dos combatentes sequer assistiram o filme; outros, sentaram-se defronte da telona, armas em punho, para defender este símbolo recente da cultura política brasileira.

O Oscar ganhou ringue e arena. Exibe as duas caras de Juno, voltadas para a direita e para a esquerda, memória e oráculo dos feitos dos homens.

Paulo Elpídio de Menezes Neto é cientista político, professor, escritor e ex-reitor da UFC

Eliomar de Lima: Sou jornalista (UFC) e radialista nascido em Fortaleza. Trabalhei por 38 anos no jornal O POVO, também na TV Cidade, TV Ceará e TV COM (Hoje TV Diário), além de ter atuado como repórter no O Estado e Tribuna do Ceará. Tenho especialização em Marketing pela UFC e várias comendas como Boticário Ferreira e Antonio Drumond, da Câmara Municipal de Fortaleza; Amigo dos Bombeiros do Ceará; e Amigo da Defensoria Pública do Ceará. Integrei equipe de reportagem premiada Esso pelo caso do Furto ao Banco Central de Fortaleza. Também assinei a Coluna do Aeroporto e a Coluna Vertical do O POVO. Fui ainda repórter da Rádio O POVO/CBN. Atualmente, sou blogueiro (blogdoeliomar.com) e falo diariamente para nove emissoras do Interior do Estado.

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