“Somos uma democracia onde o voto é obrigatório. E, mais que isso, o não voto pode ser criminalizado”, aponta o professor da UFC e jornalista Luis Sérgio Santos.
Confira:
O Brasil é realmente um país exótico. Isso confirma muito dos nossos estereótipos, da mulata, da Amazônia, do Pelé do futebol e tantos outros.
Mas nada desses estereótipos bate essa coisa de uma Justiça Eleitoral e do um voto obrigatório. Sim, somos uma democracia onde o voto é obrigatório. E, mais que isso, o não voto pode ser criminalizado, ainda mais em um país totalmente judicializado, onde personagens ilustres do Executivo são reféns do Judiciário.
Para usar uma precisa expressão em inglês, como democracia underminad, com sua base sendo erodida, corroída, minada.
Justiça Eleitoral é uma jabuticaba. Uma invenção tropical para dar legalidade ao processo eleitoral, entre aspas, coisa que em outros países é controlado pela comunidade a custo zero, ou ao custo de um lanche.
E, pior, o Brasil tem um fundo “fundo eleitoral. Um escândalo a céu aberto que, pior, pior, pior, unifica todos os partidos. De direita — cada vez mais difusos — e de esquerda — cada vez mais mercenários.
Pois todos esses se unem quando o tema é fundo eleitoral, uma aberração contábil, legalizada no Brasil. Uma teta gigante financiada à revelia pelos nossos doídos impostos. É um escândalo institucionalizado em um Estado depravado cúmplice do capital monopolista principalmente na área monetária.
Dito isto, um país dado ao fracasso, sem plano B.
Luis Sérgio Santos é jornalista e professor da UFC