“Essa paz é um presente, não algo conquistado por méritos ou boas ações”, aponta o empresário Maurício Filizola
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Era uma noite serena, onde o céu parecia adornado por mãos divinas, com estrelas que reluziam como se soubessem que algo extraordinário estava acontecendo. Ali, num estábulo humilde em Belém, o Príncipe da Paz entrou na história da humanidade. Não havia tronos, coroa ou guardas reais. Apenas um bebê envolto em panos simples, mas carregando a promessa que mudaria tudo: a paz, não como o mundo a dá, mas como Deus a oferece.
A paz de que Jesus falava não era apenas a ausência de conflitos ou guerras. Era uma paz que silenciava tempestades interiores, curava feridas invisíveis e reconciliava o ser humano com o Criador. Como Isaías havia profetizado: “Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, e o governo está sobre os seus ombros. E ele será chamado Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz” (Isaías 9:6).
Essa paz é um presente, não algo conquistado por méritos ou boas ações. Em um mundo acostumado a ganhar por esforço próprio, o Natal nos lembra que a paz é dada de graça, por amor. Jesus Cristo, ao longo de sua vida, nos mostrou como vivê-la. Quando estava no barco, e a tempestade ameaçava engolir tudo, ele disse: “Acalme-se! Fique quieto!” (Marcos 4:39). Sua autoridade não apenas aquietou as águas, mas também os corações apavorados dos discípulos.
Neste Natal, somos chamados a carregar essa mesma paz. Uma paz que atravessa dores, crises e incertezas. A paz de Jesus não é ausência de problemas, mas a presença de Deus no meio deles. É como uma vela acesa em uma sala escura: sua luz não elimina a escuridão do mundo, mas ilumina o caminho.
Pense em um rio tranquilo. Ele não tem pressa. Apenas flui, fiel à sua natureza, levando vida onde quer que passe. A paz de Cristo é como esse rio. Em João 14:27, Jesus declarou: “Deixo-lhes a paz; a minha paz lhes dou. Não a dou como o mundo a dá. Não se perturbe o coração de vocês, nem tenham medo.” Essa promessa nos convida a descansar, a confiar que Ele está no controle, mesmo quando nossos olhos não conseguem ver o horizonte.
Maria, ao segurar o Salvador nos braços, sabia que aquele momento carregava algo eterno. Como não se sentir pequena diante do Príncipe da Paz? Assim como ela, somos desafiados a permitir que essa paz transforme nossas vidas, nossas famílias, nossos relacionamentos.
Neste Natal, ao olharmos para o presépio, que possamos nos lembrar de que a essência do Natal é reconciliação, perdão e amor. É sobre deixar Cristo habitar em nossos corações e, através de nós, espalhar paz onde houver caos, esperança onde houver desespero.
Termino com as palavras de Jesus em Mateus 5:9: “Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus.” Que neste Natal, você seja portador dessa paz divina, que transforma e consola.
Afinal, a verdadeira paz não está na ausência de problemas, mas na certeza de que Deus caminha ao nosso lado.
Maurício Filizola é empresário e diretor do Sincofarma-Ceará