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“O uso – e abuso – das telas”

Professor João Teles. Foto: Reprodução

“A escola não deve se divorciar da tecnologia; fazer isso, seria um erro crasso; no entanto, o uso dos aparelhos deve ser moderado e devidamente acompanhado, por responsáveis e professores”, aponta o professor e historiador João Teles.

Confira:

O que fazer quando a garotada se encontra nos grupos, que usa as telas em excesso? O que pais e professores podem fazer por crianças e jovens, que abusam da informática? O que fazer para melhorar a atenção dos alunos, em casa e em sala de aula?

Creio que as escolas da rede privada de ensino, estão mais adiantadas, com relação a isso. Se faz necessário, então, que o tema seja discutido em casa, nas escolas, nas igrejas, etc. Os candidatos a prefeito, bem que poderiam entrar na roda de conversa, para dar sua contribuição, com relação a um tema tão envolvente e preocupante.

Não é de hoje que essa preocupação existe; até entidades internacionais já discutem o tema, que preocupa e causa insônia, inclusive no meio da meninada.

Algumas unidades de ensino, já adotam a famosa caixinha, na entrada das salas de aula, onde os jovens deixam seus aparelhos, até o final do tempo de aula, do encontro pedagógico. Esses (os aparelhos celulares) só são usados, quando os professores os requisitam, para pesquisas, enquetes e outros momentos de interação, que são, claro, conduzidos, pelos mestres. Aí, sim, um momento pedagógico, de valor didático e de participação efetiva, dos alunos.

A escola não deve se divorciar da tecnologia; fazer isso, seria um erro crasso; no entanto, o uso dos aparelhos deve ser moderado e devidamente acompanhado, por responsáveis e professores, para que haja uma mediação, de olho nos sites, blogs, Tik toks e demais conteúdos. “Deixar correr solto!”, como se diz no linguajar mais popular, não é a saída. Mas, o que fazer, quando pais e/ou não sabem como lidar com isso ou não tiveram (casos dos mestres), uma formação focada, no tema?

Para quem está de fora, da dramaticidade do problema, é fácil apontar responsáveis ou culpados, quando o excesso causa traumas. Mas não tem se visto uma preocupação maior das autoridades, com relação à preparação de gestores escolares e professores, que, em seu ativismo cotidiano, nem sempre tem tempo pra ler, debater ou assistir a palestras e seminários, sobre a temática; esse processo (de debate), deve se dá de forma cotidiano e até de forma permanente; ou seja, deve permear, todo o ano letivo! 

João Teles de Aguiar é professor, historiador e integrante do Projeto Confraria de Leitura

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