Operação da PF e Receita afasta auditor fiscal e perito; há suspeita de corrupção num esquema com empresários

PF em Operação Especial. Foto: Polícia Federal

Agentes da Polícia Federal e a Corregedoria da Receita Federal do Brasil deflagraram, nesta quinta-feira, a Operação Snooker, destinada a desarticular esquema criminoso de corrupção, descaminho e lavagem de dinheiro relacionado a importações irregulares.

Segundo a assessoria de imprensa da PF, as investigações apontam que, entre os anos de 2020 e 2025, agentes públicos e empresários atuaram de forma articulada para fraudar a fiscalização aduaneira.

Estão sendo cumpridos 27 mandados de busca e apreensão nas cidades de Fortaleza, Aquiraz, Maranguape, Maracanaú e Salvador, incluindo diligências na cidade de Barueri/SP e no recinto alfandegário do Aeroporto Internacional Pinto Martins.

A Justiça Federal também determinou o afastamento cautelar de agentes públicos envolvidos – entre eles um auditor fiscal e um perito credenciado da Receita, o sequestro de veículos e de embarcação de luxo, bem como o bloqueio de contas bancárias e de criptoativos em valores superiores a R$ 40 milhões.

Fraudes

Foram identificados dois núcleos de atuação: um voltado à importação de produtos de origem chinesa e outro à entrada irregular de mercadorias de prata, que eram classificadas de forma fraudulenta como bijuterias, resultando em expressiva redução da carga tributária.

Além da prática de corrupção ativa e passiva, que preveem penas de dois a doze anos de reclusão, também foram constatadas condutas compatíveis com os crimes de descaminho, cuja sanção varia de um a quatro anos, e de fraude à fiscalização tributária, com pena de dois a cinco anos.

A investigação ainda revelou a manipulação de documentos periciais, enquadrando-se em falsidade ideológica, punida com até cinco anos de reclusão, e sofisticadas operações de lavagem de dinheiro, que podem resultar em penas de três a dez anos de prisão, além de multa.

Os investigados se valeram de empresas de fachada, interpostas pessoas e da utilização de criptoativos em valores milionários para ocultar e dissimular a origem ilícita dos recursos obtidos com as práticas criminosas.

Eliomar de Lima: Sou jornalista (UFC) e radialista nascido em Fortaleza. Trabalhei por 38 anos no jornal O POVO, também na TV Cidade, TV Ceará e TV COM (Hoje TV Diário), além de ter atuado como repórter no O Estado e Tribuna do Ceará. Tenho especialização em Marketing pela UFC e várias comendas como Boticário Ferreira e Antonio Drumond, da Câmara Municipal de Fortaleza; Amigo dos Bombeiros do Ceará; e Amigo da Defensoria Pública do Ceará. Integrei equipe de reportagem premiada Esso pelo caso do Furto ao Banco Central de Fortaleza. Também assinei a Coluna do Aeroporto e a Coluna Vertical do O POVO. Fui ainda repórter da Rádio O POVO/CBN. Atualmente, sou blogueiro (blogdoeliomar.com) e falo diariamente para nove emissoras do Interior do Estado.

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