Com o título “Os Correios precisam continuar”, eis artigo de João Teles de Aguiar, professor, historiador e membro da Confraria da Leitura.
Confira:
Neste prestigiado Blogdoeliomar, o jornalista e pesquisador Flamínio Araripe disse:”(…) Outra missão social da ECT é o atendimento às cidades pequenas, do interior. Mas não dá para continuar com o prejuízo mensal de R$ 700 milhões. O presidente Lula não deixou privatizar a empresa. Os Correios escaparam da privatização, nos períodos Temer e Bolsonaro.
Olha aí a importante função social dessa estatal. Imagine uma empresa que chega aos lugares mais longínquos, exatamente onde as pessoas mais precisam dela ou do braço (protetor), do Estado? Importantíssimo!
Continua o pesquisador, que nos trouxe essa importante reflexão:
“Domingo, li no jornal, que (a ECT) planeja fazer a captação de R$ 20 bilhões dos bancos oficiais, para modernizar e dar competitividade nos serviços.”
Se o Governo precisa da empresa e a população muito mais, que isso seja feito. Afinal, o Estado existe para salvaguardar a vida, facilitar a sobrevivência das pessoas.
Sem o poder e a força do Estado por perto, as pessoas sofrem mais. E isso não é bom, uma vez que o Estado deve existir para ocupar os espaços e não permitir que quem produz todo o PIB do País viva uma vida tão árdua.
E isso não é bom. Desanima. Faz com que a tristeza e a desolação se instalem no seio da família. E fazem as dificuldades se agigantarem, influenciando até na produtividade familiar. A quem isso interessa? A ninguém.
Se a perspectiva no País é crescer, isso significa subsidiar o cidadão, a escola, o hospital, a maternidade… para que a vida fique menos dolorosa.
Imagine a vida na Zona Norte do Ceará sem a Santa Casa de Misericórdia de Sobral. Seria um terror, né? Pois é. Os Correios têm uma função parecida ou bem similar, uma vez que gera emprego, renda e ainda salva vidas, não só de pessoas do grande entorno de Sobral, mas de municípios de toda a Zona Norte e até de município de estados vizinhos.
Há certas empresas estatais que se tornam imprescindíveis por sua pujança ou por sua presteza e serventia no sentido social.
Desta forma, fez-se necessário que os políticos progressistas, pelo menos, bradem alto em defesa dos Correios.
*João Teles de Aguiar
Professor e historiador, integrante do Projeto Confraria de Leitura.