“… era chegada a hora de tomarem decisões importantes, nas empresas, e que não podiam perder tempo com quem não gerava resultados”, aponta em artigo o consultor empresarial Ernesto Antunes. Confira:
Quando participava, ativamente, de uma rodada de negócios com empresários de diversos segmentos da economia, ouvia os relatos variados sobre questões que envolviam seu mercado de atuação, nos quais eram abordados temas como estratégias empresariais, principalmente, em relação à análise de SWOT, que detalhava os aspectos internos do negócio, tais como as fortalezas e fraquezas e os aspectos externos: oportunidades e ameaças.
Em um dos relatos de um empresário do setor de confecção, foi abordado, com grande ênfase, o foco relativo às fraquezas oriundas da sua atividade, tais como o da mão de obra de sua pequena indústria, que, segundo afirmava, tinha, muitas vezes, de manter um profissional que não era produtivo, devido à dificuldade de atrair novos e bons profissionais nesse mercado competitivo. Na ocasião, outros empresários intercederam e afirmaram que também tinham passado pelo mesmo problema em suas empresas, nas quais, em alguns casos, a rotatividade funcional aumentava à proporção que seus empregados não conseguiam entregar o que era combinado e necessário a seus negócios.
Como consultor empresarial, fiquei ouvindo atentamente os questionamentos e reclamações e apenas balançava a cabeça, em tom afirmativo, concordando, em parte, com os relatos dos empresários no tocante às dificuldades em manter um profissional na sua corporação. Na ocasião, lembrei-me de uma palestra sobre Gestão de Pessoas em que o palestrante apresentava a “regra dos 3 (três) Tês” para questões relacionadas às dificuldades em montar uma equipe de colaboradores aptos, na sua empresa, de modo a gerar os resultados desejados.
No momento do debate, pedi a palavra e afirmei que poderiam aplicar a regra dos 3 Tês, em relação aos seus colaboradores. A maioria dos presentes ficou atenta à minha ponderação, quando disse que. caso o profissional não conseguisse gerar os resultados necessários, na execução de suas atividades, procurasse, inicialmente, usar o 1º Tê, que era treinar exaustivamente. Caso, após esses treinamentos, o profissional continuasse sem gerar os resultados e as entregas não estivessem condizentes com os propósitos da empresa, então que fosse usado o 2º Tê, que era tentar e tentar, mais uma vez. Se, mesmo assim, o referido profissional continuasse sem oferecer os resultados e sem alcançar as metas definidas pela empresa, desistisse dele e trocasse por outro, imediatamente, em função do provável risco de ter problemas com os resultados desejados e auferidos no futuro.
Após essa explanação, a maioria dos empresários, em especial o proprietário de uma autopeças, afirmou que era chegada a hora de tomarem decisões importantes, nas empresas, e que não podiam perder tempo com quem não gerava resultados, motivos pelos quais iria implantar, imediatamente, a regra dos 3 Tês na sua empresa. Após esse relato, outros empresários afirmaram que esse processo tem que ser rápido, pois cada profissional que ocupa uma função na sua empresa precisa dispor de um time apto a começar a gerar resultados, sob pena de os negócios virem a ter problema de continuidade e as empresas serem conduzidas, inexoravelmente, a um ciclo de declínio.
*Ernesto Antunes
Consultor empresarial do Sebrae e Senai.
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Muito Oportuno, pois falta mão de obra capacitada no mercado.