Em carta enviada ao jornal italiano Corriere della Sera, o papa Francisco pediu pela paz e pelo desarmamento na Terra.
A fragilidade humana, de fato, tem o poder de nos tornar mais lúcidos em relação ao que dura e ao que passa, ao que nos faz viver e ao que mata. Talvez seja por isso que, com tanta frequência, tendemos a negar os limites e a evitar pessoas frágeis e feridas: elas têm o poder de questionar a direção que escolhemos, como indivíduos e como comunidade.
Gostaria de encorajar o senhor e todos aqueles que dedicam trabalho e inteligência para informar, através de instrumentos de comunicação que agora unem nosso mundo em tempo real: sentir toda a importância das palavras. Elas nunca são apenas palavras: são fatos que constroem os ambientes humanos. Elas podem conectar ou dividir, servir a verdade ou se servir dela. Precisamos desarmar as palavras para desarmar as mentes e desarmar a Terra. Há uma grande necessidade de reflexão, de calma, de um senso de complexidade.
Enquanto a guerra apenas devasta as comunidades e o meio ambiente, sem oferecer soluções para os conflitos, a diplomacia e as organizações internacionais precisam de nova força vital e credibilidade. As religiões, além disso, podem se valer da espiritualidade dos povos para reacender o desejo da fraternidade e da justiça, a esperança de paz.
Tudo isso exige comprometimento, trabalho, silêncio e palavras. Sintamo-nos unidos nesse esforço, que a Graça celeste não deixará de inspirar e acompanhar.
Saúde do Papa
Na noite dessa segunda-feira (17), a situação do Papa se manteve estável, com pequenas melhoras com o tratamento respiratório e motor. Segundo o Vaticano, o Papa Utiliza menos oxigenação de alto fluxo com cânulas nasais e, em alguns momentos, pode ficar sem oxigenoterapia.
De acordo ainda com o Vaticano, o inchaço na mão, visto na foto tirada e publicada no domingo (16), é devido à mobilidade reduzida, mas já melhorou.
O próximo boletim médico está previsto para esta quarta-feira (19).
(Blogdoeliomar com informações do Vatican News)