Com o título “Para refletir”, eis artigo de Gonzaga Mota, professor aposentado da Universidade Federal do Ceará, ex-governador do Estado do Ceará e escritor. “As classes influentes, notadamente, alguns segmentos do setor econômico e da política, devem observar os reais interesses das populações mediante comportamento compatível com a ética, a justiça, a solidariedade, a transparência e o espírito público”, expõe o articulista.
Confira:
Não podemos concordar com um mundo onde os desencontros superam, em muito, os encontros. Busquemos a paz, interior e exterior, mediante uma maior força espiritual e um melhor equilíbrio social.
Acreditamos que os atuais desajustes e conflitos existentes decorrem da supremacia dos valores materiais sobre os espirituais. Estes são eternos, enquanto aqueles desaparecem tal qual a prepotência e a arrogância dos pseudo-poderosos de plantão.
As classes influentes, notadamente, alguns segmentos do setor econômico e da política, devem observar os reais interesses das populações mediante comportamento compatível com a ética,
a justiça, a solidariedade, a transparência e o espírito público.
Segundo Dostoiévsky, “O segredo da existência humana consiste não somente em viver, mas ainda em encontrar um motivo para viver”. Por outro lado, nos dias atuais, a exacerbação do pragmatismo e do fundamentalismo está ocupando espaço das opções inerentes à fé e à razão, manifestações filosóficas complementares e não de natureza excludentes.
No atual estágio da humanidade, destacam-se como fundamentais os direitos à vida, à paz e à liberdade, bem como o direito de se ter o mínimo indispensável para alcançar a cidadania.
Dessa forma, os fundamentos democráticos divergem de ideologias opacas em que o poder é, na maioria das vezes, exercido mediante a força, a mídia tendenciosa e o dinheiro.
Não nos esqueçamos: “as bases do reinado de Deus são a honestidade e a justiça”. (Salmo-97.2).
*Gonzaga Mota
Professor aposentado da UFC, ex-governador do Ceará e escritor.