O deputado federal André Figueiredo (PDT) e a senadora Augusta Brito (PT) avaliaram nesta segunda-feira (25), durante entrevista ao Blogdoeliomar, a possibilidade da manutenção da prisão e a cassação do mandato do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ).
Segundo o presidente nacional em exercício do PDT, a votação sobre a manutenção da prisão deverá ocorrer nesta terça-feira (26), em votação aberta e com o número necessário de 257 deputados. Após essa autorização de prisão, o processo de cassação será aberto no Conselho de Ética.
Para Figueiredo, a trama da morte da vereadora Marielle (PSOL) não seria surpresa.
“Na verdade, decepcionado. Digamos, dizendo assim, como se estabelece dentro das instituições no Rio de Janeiro um esquema semelhante ao da máfia! Vimos a prisão do delegado responsável pelo inquérito, um conselheiro de Tribunal de Contas e um deputado federal”, disse André Figueiredo, que cobra ainda o prolongamento das investigações, pois a nomeação do delegado Rivaldo Barbosa foi feita pelo general Braga Netto, que posteriormente foi ministro do governo Bolsonaro e vice na chapa que concorreu ao Palácio do Planalto em 2024.
“A mando de quem o general Braga Netto teria indicado o delegado para presidir o inquérito no Caso Marielle?”, questionou o parlamentar cearense.
Justiça pelas mulheres
Já a senadora Augusta Brito disse que recebeu de forma dolorosa a informação sobre os mandantes, por se tratarem de agentes públicos.
“Mas também fiquei muito feliz porque já fazia muitos anos que queríamos essa resposta. Foi um crime político, uma violência ao extremo tirar a vida de uma grande mulher. Então, a gente como mulher, fica mais tranquila em saber que (todos) serrão penalizados, que a justiça realmente será feita”.
Sobre a autorização da Câmara dos Deputados pela manutenção da prisão de Chiquinho Brazão a senadora afirma que não há como ser de outra forma.
“Não tem nem o que pensar! Não tem nem o que pensar! Tem que ser de imediato, tem que se fazer justiça. Não é porque é deputado que pode mandar matar ninguém”.
Licença de 120 dias
Augusta Brito deverá se afastar por 120 dias do Senado, no início de abril, para preencher o cargo deixado pelo secretário da Articulação Política, Waldemir Catanho, que concorrerá à Prefeitura de Caucaia. “Espero poder ajudar o governo do Estado, pelos próximos quatro meses”, disse a senadora, que cederá cadeira à suplente Janaína Farias.