“Nessa foto da Igreja Nossa Senhora das Dores em Canindé, duas figuras que hoje não temos mais, o Mestre Getúlio Colares, e ao fundo a pintura Calvário, projeto do Frei Leônidas, releitura feita por mim em 2001”.
A indignação é do artista Fabiano Chaves, autor da pintura “Calvário”, da Igreja Nossa Senhora das Dores, em Canindé, no Norte do Ceará, a 117 quilômetros de Fortaleza, surpreendido nesse fim de semana com a retirada da obra pelo novo pároco, sem consulta popular, tampouco comunicado ao artista, que é morador do município.
“Quem não compreende a importância da arte, não consegue percebê-la”, criticou o artista.
O caso teve grande repercussão em Canindé, diante do vazio que ficou no lugar.
“Isso dói. Quando apagam uma arte com tanto significado – ainda mais uma imagem como a do Cristo, num lugar sagrado como uma igreja – não é só tinta que se apaga. A pergunta que fica é: por quê?”, comentou a articuladora regional do Crede 7, Flávia Ramalho.
Mas há também quem defende a decisão da paróquia.
“Gente, antes era lindo, hoje tá lindo do mesmo jeito. As coisas mudam, nada é pra sempre”, apontou o professor Adriano Braz.
Confessionário
O espaço no Blogdoeliomar está aberto para um posicionamento oficial da igreja de Canindé ou da Arquidiocese de Fortaleza, caso tenha se inteirado do caso.
DETALHE – Confira o tabalho de Fabinao Chves em seu Instagram aqui.
Ver comentários (4)
Apagar a arte é apagar parte da nossa história e identidade. Inaceitável!
Muita falta de sensibilidade, como se faz isso, sem consultar os paroquianos, sem um projeto inovador ou uma justificativa plausível, apenas por pura maldade. Arte é vida.. Portanto precisa ser preservada.😩
Primeiramente essa pintura não tinha duas décadas! Essa arte foi removida pra um novo projeto trazer o primeiro altar da igreja altar original que isso sim foi uma falta de respeito grande ter mandando demolido um altar original isso aí ninguém falou nada só por causa de um simples pintura que nem e o altar original agora sim o que o novo pároco que fazer que trazer um altar histórico que pertenceu o passado
Grato pela colaboração, Gabriel. Só estou meio confuso quanto a obra não ter duas décadas. Se ela foi feita em 2001, conforme relato do autor Fabiano Chaves, por meio do projeto de Frei Leônidas, não estaríamos há 24 anos?