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PF deflagra Operação Pureza Roubada II em Maracanaú

PF em Operação Especial. Foto: Polícia Federal

Nesta manhã de quarta-feira, a Polícia Federal realiza a Operação Pureza Roubada II. O objetivo, segundo a assessoria de imprensa da Corporação, é combater crimes relacionados à exploração sexual de crianças e adolescentes por meio da produção e disseminação de conteúdo sexual infantojuvenil e aliciamento de menores.

Durante a operação, foram cumpridos um mandado de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva, ambos expedidos pela Justiça Federal. As diligências foram realizadas no município de Maracanaú (Região Metropolitana de Fortaleza) e resultaram na prisão do principal investigado.

As investigações revelaram que o suspeito, sempre se utilizando de pseudônimo, participava de fóruns da Darkweb voltados ao compartilhamento de conteúdo ilegal e ao aliciamento de menores para práticas criminosas. Há indícios de que ele tenha praticado estupro de vulnerável, além de produzir e distribuir imagens ilícitas de menores ao longo de aproximadamente nove anos (2015-2023).

As investigações continuam com a análise do material apreendido, que visa confirmar a participação do investigado nos crimes e identificar possíveis outras vítimas ou envolvidos.

O investigado poderá responder pelos crimes de estupro de vulnerável (artigo 217-A do Código Penal), produção de conteúdo sexual infantil (artigo 240 do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA), oferta e divulgação de conteúdo sexual infantil (artigo 241-A do ECA) e posse de conteúdo sexual infantil (artigo 241-B do ECA). As penas somadas podem ultrapassar 30 anos de prisão, sem prejuízo de outras imputações que possam surgir com o avanço das investigações.

Compartilhamento de dados

As investigações tiveram origem a partir de informações fornecidas pela unidade americana Homeland Security Investigations, que compartilhou dados com a Interpol, o que também foi feito posteriormente pela polícia australiana, quando identificaram diversos arquivos de abuso sexual infantil disseminados em fóruns na Darkweb. Após o compartilhamento dos dados, verificou-se que as mídias possivelmente eram de origem brasileira, e por este motivo a denúncia foi encaminhada a Polícia Federal.

Com base nessas informações, a PF identificou um suspeito que de fato atuava ativamente em fóruns da Darkweb voltados para crimes de abuso sexual de menores. Com base em levantamentos realizados em investigações preliminares, verificou-se de logo que o investigado provavelmente residia no estado do Ceará, motivo pelo qual a investigação foi encaminhada em julho de 2024 à Delegacia de Repressão ao Crimes Cibernéticos da Superintendência de Polícia Federal no Ceará, onde foi iniciada.

SERVIÇO

*Denúncias sobre crimes contra crianças e adolescentes podem ser feitas de forma anônima por meio do número 100 (Disque Direitos Humanos), da plataforma COMUNICA PF na internet, ou presencialmente nas unidades da Polícia Federal em todo o país.

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