Para o secretário estadual do Desenvolvimento Econômica (SDE) e presidente do PSD no Ceará, Domingos Filho, não é interessante para o governo e nem para os partidos aliados a discussão prematura sobre as eleições do próximo ano.
“Tratar política a essa altura é muito ruim para o governo, porque a base do governador Elmano é muito larga, nós temos diversos grandes partidos dentro dela e um conjunto de outros partidos que têm demonstrado interesse de participar (da chapa majoritária). (…) Eu sei que isso só gera desconforto para o governador… e atrapalha as entregas, quando o governador está com 60% do seu mandato”, avaliou Domingos Filho, em entrevista ao Podcast Blogdoeliomar, por meio dos jornalistas Eliomar de Lima e André Capiberibe.
Sobre o papel do PSD no processo eleitoral do próximo ano, o dirigente estadual do partido disse que somente falará do assunto em julho.
“Mas posso responder: suplência não é cargo majoritário”, disse Domingos Filho, ao ressaltar que “naturalmente, compreendemos que esse tamanho (do PSD no Estado), que esse espaço, que a lealdade ao processo, a linha de estar junto, de estar lutando junto, deva ser reconhecida no momento das composições (das chapas)”.
Sobre o processo nacional, o presidente do PSD afirmou que a direção nacional compreende a realidade nos Estados e que o partido no Ceará não deverá ter problema do apoio local a partidos que possam vir a ser oposição no âmbito nacional.
Segundo Domingos Filho, o PSD deverá ter a candidatura de Ratinho Jr, ao Palácio do Planalto.
“O que está dito aí é que o Tarcísio (de Freitas) não é candidato (a presidente da República)”, adiantou o dirigente no Ceará, que admite mudança no quadro, em caso de entendimento de Kassab, presidente nacional do PSD, com Tarcísio.
Ceará é um grande diferencial
De acordo com Domingos Filho, a inteligência política e a maturidade política do Ceará é um grande diferencial para o equilíbrio fiscal e a manutenção das políticas públicas no Estado.
“As políticas estruturantes receberam o mesmo tratamento de todos os governantes (desde Tasso Jereissati até Elmano). (…) Nós temos assistido em muitos estados uma volta no tempo porque a marca foi do que iniciou. Por isso, a gente vê por aí obras inacabadas, equívocos que a política menor permita que isso ainda aconteça”, apontou.
Confira a entrevista completa de Domingos Filho: