A Polícia do Ceará segue com uma operação sigilosa contra uma quadrilha de vaqueiros e receptadores de furtos de rebanhos bovino, equino e ovino, todos animais de raça. A operação teve início há pouco mais de um mês, mas as investigações se estendem por ocorrências de desaparecimento dos animais nos últimos seis anos.
Os policiais já identificaram o município de Pacujá, no Noroeste do Estado, a 310 quilômetros de Fortaleza, como o principal ponto de atuação da quadrilha, assim também como já identificou o principal suspeito de comandar a quadrilha, após mandados de busca e apreensão. Trata-se de um vaqueiro, que teria causado prejuízo a proprietários no valor de mais de R$ 2 milhões.
As investigações já resultaram na apreensão de alguns animais furtados, distantes até 150 quilômetros do local do desaparecimento, como um tourinho localizado em uma propriedade no município de Tamboril.
Segundo a Polícia, o proprietário alegou que havia adquirido de formal legal o animal, mas depois entrou em contradição, diante da falta da documentação do bovino de raça, e então afirmou que estaria apenas com a guarda, ao atender a um pedido do vaqueiro que é o principal investigado na operação. De suspeito por receptação, o proprietário passou a colaborar com a Polícia.
Os policiais acreditam que alguns compradores do rebanho furtado adquiriram os animais de boa-fé, quando ainda estariam no aguardo da documentação. A Polícia acredita que esses compradores ainda podem entrar em contato para colaborarem com a operação.
De acordo com a Polícia, a maior parte dos animais furtados estaria em uma fazenda clandestina. Ainda não foi solicitado um mandado de prisão para o vaqueiro suspeito de comandar o bando, que continua na região e que insiste não haver animal para devolver aos legítimos donos.
(Colaboração do jornalista Nicolau Araújo)