Em artigo sobre o suposto motivo de Valim ter decidido não concorrer à reeleição, o jornalista Nicolau Araújo aponta que “Valim busca no momento uma paz interior”. Confira:
“Agora sei que temes a Deus, pois não me negaste o teu filho, o teu único filho” (Gn 22:12).
Poucas coisas no mundo são capazes de transformar a vida de um homem. Mas apenas duas a fazem de forma tão brusca: o nascimento de um filho e a perda prematura de um filho.
Após o prefeito de Caucaia, Vitor Valim, anunciar na segunda-feira, 8, que não disputaria a reeleição, muitos foram os comentários de fariseus sobre o que faria um homem deixar o trono ao qual já ocupa, com uma reeleição certa para mais quatro anos, diante de tantos benefícios prestados à população: desde os ônibus de graça à distribuição de tablets para mais de 45 mil estudantes da rede pública de ensino, equipamento que muitas famílias de classe média-alta não têm como bancar para seus filhos, para um aprimoramento de aprendizado (o mundo em um toque); desde a construção de espigões que contiveram duas décadas de avanço do mar à entrega de uma ala novinha de UTI no hospital municipal; desde a valorização do servidor público municipal ao incentivo do terceiro setor, por meio do resgate do potencial turístico de um município com mar e sertão; dentre muitas outras entregas à população na área da cultura, infraestrutura, juventude, esportes, comércio informal e reformas de escolas e postos de saúde.
Mas nada disso importa aos fariseus, quando o objetivo é o poder pelo poder. Houve quem apontasse um desvio de R$ 12 milhões e o prefeito em fuga. Outro responsabilizou o prefeito por “milhares de mortes de inocentes” (Hitler ficaria com inveja). Uma outra disse que tudo não passaria de um plano para saquear Caucaia, a mesma que anteriormente propagou fake news de um empréstimo de R$ 60 milhões e se mostra pequena no leilão de 20% dos terrenos que trarão desenvolvimento ao município, por meio da iniciativa privada. Não tardará e um outro logo apontará que isso é “coisa do português”. Todos tentando medir um homem por meio de seus próprios espelhos.
E Valim acreditou que se livraria dos fariseus, ao mostrar gesto de desprendimento ao poder… Mas fariseus são fariseus.
Receosos do apoio do prefeito a uma candidatura que garantia a manutenção dos ônibus de graça e da continuidade das entregas, os fariseus não cessarão com as fake news. Caso assegurem à população que irão manter a gratuidade no transporte, que construirão os demais espigões, que seguirão com os investimentos na saúde e na educação, os fariseus estariam confessando que Vitor Valim sempre esteve certo e que eles foram os mentirosos para a população. Ou admitem suas mentiras ou arranjem uma boa desculpa para fazer a população voltar a pagar os ônibus.
Os fariseus nunca entenderão que Valim busca no momento uma paz interior, em que o mundano não permite tal sentimento a homens ocupados em transformar dificuldades em melhoria da qualidade de vida dos habitantes de uma cidade, de um estado, de um país. Esse momento aos justos somente deveria ocorrer pós-vida.
“Mas, como está escrito: As coisas que os olhos não viram, e os ouvidos não ouviram, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam” ( 1Co 2:9 ).
Nicolau Araújo é formado em Comunicação Social pela Universidade Federal do Ceará, especialista em Marketing Político e com passagens pelo O POVO, DN e O Globo, além de assessorias no Senado, Governo do Estado, Prefeitura de Fortaleza, coordenador na Prefeitura de Maracanaú, coordenador na Câmara Municipal de Fortaleza e consultorias parlamentares. Também acumula títulos no xadrez estudantil, universitário e estadual de Rápido
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