Porto do Pecém ganha novo terminal voltado para exportações

O Complexo Industrial e Portuário do Pecém, em São Gonçalo do Amarante contribui com exportações e importações. Foto: Arquivo

O Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP) ganhará um reforço estratégico para as exportações brasileiras.

A Fracht Log, braço do grupo suíço Fracht AG, inaugura, às 15 horas da terça-feira (9), com a presença do governador Elmano de Freitas e outras autoridades, o primeiro terminal multimodal de cargas frias do Ceará.

O investimento foi de R$ 105 milhões e promete reduzir gargalos logísticos e ampliar a competitividade de setores diretamente afetados pelo tarifaço imposto pelo governo norte-americano.

No Estado, que teve decretada situação de emergência na última quinta-feira, alguns segmentos impactados podem ser beneficiados com o incremento na infraestrutura do complexo, como a exportação de peixes, crustáceos, moluscos, produtos hortícolas, frutas e outros.

Capacidade

O novo terminal tem capacidade total de 174 mil toneladas por ano, sendo 60 mil toneladas/ano de cargas resfriadas e congeladas. Isso permitirá armazenagem mais eficiente, rastreabilidade completa e integração com frete marítimo, transporte rodoviário e despacho aduaneiro, garantindo mais agilidade na exportação.

Segundo a empresa, o equipamento ocupa 107 mil m² de área total, dos quais 17 mil m² são de área construída, com 9.800 m² destinados a armazéns secos e frigoríficos e 7.200 m² a setores administrativos. Outros 64 mil m² foram reservados para cargas a céu aberto, além de 26 mil m² para manobra, estacionamento e docagem.

“O Grupo Fracht AG enxerga o Ceará como ponto estratégico para seus negócios no Brasil e na América do Sul. Este terminal é um presente para a logística brasileira e um suporte essencial para exportadores que enfrentam os efeitos do tarifaço dos Estados Unidos”, afirma Thiago Abreu, diretor-geral da Fracht Log.

Operações

O terminal terá funcionamento 24 horas por dia, 7 dias por semana, operando com três câmaras frigoríficas reversíveis e capacidade para 3,6 milhões de quilos de armazenagem simultânea. Além disso, contará com 12.500 posições pallet para cargas secas, totalizando 115,2 milhões de quilos de capacidade estática anual.

Outro diferencial é a tecnologia de monitoramento remoto em tempo real das temperaturas, disponível também para clientes, por meio de softwares de ponta e do sistema WMS (Warehouse Management System), que garante rastreabilidade e transparência total.

A operação inicial deve gerar 80 empregos diretos e cerca de 400 indiretos, fortalecendo ainda mais a economia regional. Com a futura integração da Transnordestina, a estrutura ganhará vantagem competitiva adicional, ampliando a conexão entre os modais rodoviário, ferroviário e marítimo.

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