Quinze dos dezessete cabos submarinos na Praia do Futuro estariam em situação irregular, diante da falta de autorização da Superintendência do Patrimônio da União no Ceará (SPU/CE).
A denúncia é do presidente da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), Neuri Freitas, ao informar que essas empresas deixaram o grupo de trabalho coordenado pela Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), que trata do projeto de implantação da usina de dessalinização programada para aquela área de Fortaleza.
“Elas (empresas) querem a Praia do Futuro só para a atuação delas. Descobrimos agora que elas acabam sendo invasoras, quando somente dois cabos (submarinos) têm licença da SPU/CE para passar na praia. Isso já mostra o quão essas empresas estão no nosso dia a dia para atrapalhar tudo”,afirma o dirigente da Cagece.
Ndeuri Freitas reclama ainda da conivência da Anatel com as empresas, que está favorável à queixa delas contra a usina:
“Parece que a Anatel é advogada das empresas”, aponta.
Apesar dos contratempos, a Cagece deverá fechar este ano, em termos globais, superando a marca de R$ 1 bilhão em investimentos.