O Papa Francisco participou espiritualmente da oração do Angelus, hoje (9), como tem feito nos últimos domingos, do seu apartamento no décimo andar do Hospital Gemelli, onde está internado com pneumonia bilateral desde 14 de fevereiro.
No texto divulgado pela Sala de Imprensa da Santa Sé o Pontífice não esquece os médicos, os voluntários, o pessoal da Cúria, os povos em guerra. O mundo inteiro está em seus pensamentos, como sempre. Um mundo que oferece gratuidade e cuidado, um mundo que ajuda a guiar a Igreja, um mundo que sofre.
“Queridos irmãos e irmãs”, inicia o texto de Francisco: “na última quarta-feira, com o rito das Cinzas, iniciamos a Quaresma, o itinerário penitencial de quarenta dias que nos chama à conversão do coração e nos conduz à alegria da Páscoa. Esforcemo-nos para que seja um tempo de purificação e renovação espiritual, um caminho de crescimento na fé, na esperança e na caridade”.
O Papa então recorda que na manhã deste domingo, na Praça São Pedro, foi celebrada a Santa Missa pelo mundo do voluntariado, que está vivendo o seu Jubileu.
“Em nossas sociedades, – escreveu o Papa – demasiadas subjugadas às lógicas do mercado, onde tudo corre o risco de estar sujeito ao critério do interesse e à busca do lucro, o voluntariado é profecia e sinal de esperança, porque testemunha a primazia da gratuidade, da solidariedade e do serviço aos mais necessitados”.
Francisco continuou o seu pensamento dirigindo-se a todos aqueles que se dedicam a esse campo, expressando a sua gratidão: “obrigado por oferecerem seu tempo e suas capacidades; obrigado pela proximidade e pela ternura com que cuidam dos outros, despertando neles a esperança!”
O Santo Padre destaca então a sua longa permanência no hospital, onde, disse, “também eu experimento a atenção do serviço e a ternura do cuidado, em particular por parte dos médicos e agentes de saúde, a quem agradeço do fundo do coração”.
E enquanto estou aqui, – continuou o Papa – “penso em tantas pessoas que, de diferentes maneiras, estão próximas dos doentes e são para eles um sinal da presença do Senhor. Precisamos disso, do “milagre da ternura”, que acompanha aqueles que estão passando por provações, levando um pouco de luz na noite de dor”.
Francisco exprime então o seu agradecimento a todos aqueles que estão lhe mostrando a sua proximidade através da oração: “obrigado a todos do fundo do meu coração! Eu também rezo por vocês”.
Diz ainda que se une espiritualmente àqueles que nos próximos dias participarão dos Exercícios Espirituais da Cúria Romana.
O último pensamento de Francisco é pela paz: “juntos, continuamos a invocar o dom da paz, especialmente na martirizada Ucrânia, na Palestina, em Israel, no Líbano e em Myanmar, no Sudão e na República Democrática do Congo”.
Em particular, o Papa cita a sua preocupação pela Síria: “fiquei sabendo com preocupação sobre a retomada das violências em algumas áreas da Síria: espero que cessem definitivamente, no pleno respeito de todos os componentes étnicos e religiosos da sociedade, especialmente dos civis”.
E encerra confiando todos à intercessão maternal da Virgem Maria. “Bom domingo e até breve!”
(Vatican News)