Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

Primeiro TCC de aluna surda é defendido na Uece de Iguatu

Tatiana Freires defendendo seu TCC. Foto: Uec/Iguatu.

Maria Tatiana Santos Freires participará da solenidade de Colação de Grau em abril próximo, formando-se em Pedagogia, coroando uma caminhada marcada pela superação de desafios e pela dedicação acadêmica. Ela ingressou na Uece em 2018, após ser aprovada no vestibular para a Faculdade de Ciências e Letras de Iguatu (Fecli), unidade da Uece no município de Iguatu, onde defendeu seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) intitulado Memorial de Formação: trajetória como aluna surda do curso de Pedagogia da Uece/Fecli, com distinção. A banca foi composta pela professoras Francisca Genifer Andrade de Sousa (Orientadora), Débora Cristina Vasconcelos Aguiar e Amanda Vieira Ribeiro.

Após três tentativas no vestibular, Tatiana não apenas encontrou na universidade o suporte acadêmico necessário, mas também contribuiu para avançar os mecanismos de inclusão da instituição. Seu TCC, defendido com o auxílio da intérprete de libras Janaína Rodrigues, foi aprovado pela banca examinadora. Sua orientadora, a professora Genifer de Sousa, destacou a relevância histórica da defesa. Já para a professora Tânia Maria de Sousa França, vice-coordenadora do curso, uma das professoras que recebeu a discente no curso de Pedagogia em 2018 na Fecli, ressaltou:

”É sempre uma alegria falar sobre a Tatiana e sua notável jornada na Fecli. Foi a primeira aluna surda a defender seu TCC no curso de Pedagogia da Fecli e na universidade, um percurso formativo, que tive o privilégio de acompanhar na instituição, com desafios, mas com muitas possibilidades. Tatiana soube aproveitar ao participar além das aulas, programas como o PIBID, Residência Pedagógica e bolsas de extensão. Sua determinação e resiliência são inspiradoras” afirmou a professora Tânia. Para ela, o caso de Tatiana reflete a importância das instituições de ensino superior promoverem a inclusão e a acessibilidade.

Entenda

A história de Tatiana com as libras teve início em 2004, quando, ainda jovem, encontrou acolhimento nas aulas do professor Antônio Nelson Moreno, em Iguatu. Nelson, hoje professor do Instituto Federal em Iguatu, por iniciativa própria, instalou em 2002 uma sala para alunos surdos e dedicou-se a ensiná-los a língua brasileira de sinais, abrindo caminhos para uma nova perspectiva de vida para Tatiana.

Ao ingressar na Uece, Tatiana encontrou suporte através do Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAAI), coordenado pela professora Marisa Aderaldo, tendo a orientação na unidade de Iguatu da professora Diná Souza da Silva. O NAAI, que foi estruturado para atender às demandas de estudantes com deficiência, passou a contar seis intérpretes em Iguatu, cinco em Crateús e 11 em Fortaleza, além de possuir ferramentas de acessibilidade.

(Com site da Uece)

COMPARTILHE:
Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram
Email

Uma resposta

Mais Notícias