Reunidos nesta tarde de quarta-feira, nos jardins da UFC, em Fortaleza, um grupo de professores das três universidades federais cearenses (UFC, UFCA e UNILAB) aprovou, em assembleia geral, um indicativo de greve, ainda para este primeiro semestre do ano. Isso, segundo lideranças da categoria, mobilizados pela ADUFC Sindicato, “construir uma greve unificada da educação e do funcionalismo público federal”. O ato foi transmitudo pelas redes sociais da ADUF para os campi do Interior. Pelo menos 2540 docentes compareceram à assembleia.
Os professores querem um reajuste de 22,71%, dividido em três parcelas de 7,06% em 2024, 2025 e 2026, mas o governo federal oferece reajuste zero em 2024 e 9% dividido em 2025 (4,5%) e 2026 (4,5%).A categoria decidiu formar comitês de mobilização nas universidades e a realizar plebiscito sobre o tema.
Nesta sexta-feira, a ADUFC Sindicato participará, em Brasília, com outras sindicais de outros Estados, da reunião do Setor das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) do Sindicato Nacional, o ANDES-SN, onde a pauta será deliberada.
“Não encontramos outra forma de dizer cabalmente ao governo Lula que não aceitaremos reajuste zero e perdas salariais inflacionárias em um governo que nós votamos e defendemos contra o fascismo”, explicau a presidenta da ADUFC, Irenísia Oliveira. “Não é penalizando o trabalhador que conseguiremos avançar na construção de uma sociedade mais justa e igualitária para todos”, acrescentou.
Essa pauta vem à tona seguindo as deliberações do 42º Congresso do ANDES-SN, que decidiu, em 28 de fevereiro, pela construção de uma greve do Sindicato Nacional diante da frustração com mais uma rodada de negociação com o Palácio do Planalto, ocorrida no dia anterior.