Os professores da rede municipal de Fortaleza, liderados pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Fortaleza (Sindiute), realizaram, nesta quarta-feria, mais um dia de paralisação em frente ao Paço Municipal, onde fica o gabinete do prefeito José Sarto. O ato marcou a formação do “Bloco Paulo Freire”, uma referência ao Pré-Carnaval.
Além do reajuste de 10,09% nos salários, os profissionais, em greve desde terça-feira, estão reivindicando o fim do desconto de 14% nos vencimentos dos aposentados e a quitação do precatório do antigo Fundef, pendente desde 2015.
Outras demandas incluem a equiparação de direitos para os docentes aprovados no concurso de 2022, que perderam os benefícios dos anuênios e da licença-prêmio. Os profissionais também exigem a inclusão dos funcionários de escola no Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) da Educação, assim como a aplicação da CLT para os professores substitutos e a realização de concursos públicos para professores, técnicos, supervisores e orientadores.
O calendário de paralisações está programado até sexta-feira, quando está agendada uma nova reunião de negociação com o prefeito José Sarto. Nesta quinta-feira, o grupo confirma que vai protestar na Câmara Municipal, a partir das 8 horas, e, na sexta-feira, haverá uma nova assembleia para avaliar os resultados da reunião com o município.
“O prefeito pode antecipar sua decisão e implantar imediatamente o reajuste de 10,09%. Continuaremos nas ruas pelos nossos direitos. Defender o educador é defender a educação”, destaca Ana Cristina Guilherme, presidenta do Sindiute.