Os professores de Fortaleza podem decretar greve nesta segunda-feira. Diante da ausência de propostas da Prefeitura para o reajuste salarial da categoria, o Sindicato União dos Trabalhadores em Educação de Fortaleza (Sindiute) convocou uma assembleia geral, que ocorrerá a partir das 8 horas, na quadra da EMTI Filgueiras Lima (Av. dos Expedicionários, 3910 – Jardim América). A luta é por um aumento nos salários de 10,09%.
Segundo o Sindiute, o ajuste percentual nas remunerações dos educadores da Capital é crucial para atingir o piso atual do magistério, fixado em R$ 4.580,57, e deve ser aplicado de maneira linear em toda a carreira. A porcentagem requisitada inclui o reajuste pendente do piso de 2017, no valor de 7,64%, somado aos 3,62% referentes a 2024.
O Sindiute aponta uma defasagem na estrutura salarial do magistério municipal e vê neste ano uma oportunidade para sanar essa lacuna, considerando o declínio na alíquota de crescimento.
Ana Cristina Guilherme, presidenta do sindicato representativo da classe, explica que os educadores estão insatisfeitos com a negligência e a falta de compromisso do Prefeito José Sarto para com os profissionais do magistério municipal e a qualidade da educação na cidade. A dirigente afirma que o reajuste salarial, um direito do grupo, deveria ter sido aplicado na data-base de 1º de janeiro, conforme estabelecido em lei.
“Apesar do PIB da cidade crescer mais de 12% em 2023, a educação continua sendo negligenciada. Recursos para investimentos na área são essenciais e estão disponíveis, porém falta vontade política para priorizar esse setor tão crucial para o desenvolvimento de Fortaleza”, enfatiza a dirigente.