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“Programa e Festival Rock Cordel e a maioridade esquecida” – Por Amaudson Ximendes

Amaudson Ximewnes, presidente do Sindimusicos/CE e sociólogo. Foto: Arquvo Pessoal

Com o título “Programa e Festival Rock Cordel e a maioridade esquecida”, eis artigo de Amaudson Ximenes, músico e sociólogo. “Sinceramente, gostaria muito de entender como acontece o planejamento da programação e quais são os critérios utilizados pela gestão do BNB e do CCBNB para investir em um programa e deixar outros na “reserva”, como o Rock Cordel”, expõe o articulista.

Confira:

Na última semana, recebi, pelo “zap”, um convite para assistir a uma reportagem que enfatizava o aniversário de 10 anos do programa “Jazz em Cena”, capitaneado pelo Centro Cultural Banco do Nordeste (CCBNB). Recebi com alegria e parabenizei o feito.

Por outro lado, questionei o “porquê” de programas e projetos da mesma entidade – como o Rock Cordel, com 18 anos de existência, não terem a mesma atenção do primeiro. O Rock Cordel surgiu em janeiro de 2007, ainda na sede antiga do CCBNB, na Rua Floriano Peixoto. De lá para cá, cresceu e se desenvolveu, atingindo a maioridade.

Trata-se do programa do CCBNB mais popular, mais longevo, de maior capilaridade e, de longe, o que traz mais público. Sem falar da geração de emprego e renda para os músicos e trabalhadores da Cultura. Ou seja, é um grande vetor de desenvolvimento, umas das principais missões do Banco do Nordeste (BNB).

A última edição ocorreu em 2024 e, de lá para cá, foi mandado para o “banco de reservas” e “escalado” somente quando convém. Qual seria o motivo maior?

Reconheço o esforço dos gestores de plantão. Porém, chegamos ao mês de outubro e nenhuma edição (seja de um programa mensal ou o do Festival) do Rock Cordel neste 2025.

Sinceramente, gostaria muito de entender como acontece o planejamento da programação e quais são os critérios utilizados pela gestão do BNB e do CCBNB para investir em um programa e deixar outros na “reserva”, como o Rock Cordel.

Parafraseando o jornalista, compositor e músico Dalwton Moura: “Programa mensal e Festival Rock Cordel em 2025, por que não temos?”

*Amaudson Ximenes

Músico e sociólogo.

Eliomar de Lima: Sou jornalista (UFC) e radialista nascido em Fortaleza. Trabalhei por 38 anos no jornal O POVO, também na TV Cidade, TV Ceará e TV COM (Hoje TV Diário), além de ter atuado como repórter no O Estado e Tribuna do Ceará. Tenho especialização em Marketing pela UFC e várias comendas como Boticário Ferreira e Antonio Drumond, da Câmara Municipal de Fortaleza; Amigo dos Bombeiros do Ceará; e Amigo da Defensoria Pública do Ceará. Integrei equipe de reportagem premiada Esso pelo caso do Furto ao Banco Central de Fortaleza. Também assinei a Coluna do Aeroporto e a Coluna Vertical do O POVO. Fui ainda repórter da Rádio O POVO/CBN. Atualmente, sou blogueiro (blogdoeliomar.com) e falo diariamente para nove emissoras do Interior do Estado.

Ver comentários (4)

  • O Rock Cordel é mais que um festival, é um patrimônio cultural nosso, que leva os nomes dos artistas, e CCBNB e do Ceará pro Brasil inteiro!

  • Rock Cordel, evento cultural importantíssimo no segmento musical do estado. Democrático, inclusivo e agregador, em nenhuma hipótese poderia ser relegado a um segundo plano. Espero que revisem esta situação, e que seja dado o devido reconhecimento.

  • O rock cordel é parte importantíssima da programação do ccbnb. Esperamos que seja revisto a organizaçao e que o rockcordel seja visto como deve ser . Ou seja; uma parte importante dessa programação.

  • O Rock Cordel dá uma cara própria à cena cearense. Em vez de apenas repetir fórmulas importadas do rock gringo, ele coloca sotaque, ritmo e poesia nordestina dentro da música, afirmando um estilo genuíno.
    O cordel é tradição viva da cultura nordestina, e o rock é símbolo de rebeldia e ruptura. Essa união cria uma estética única que conecta passado e presente.
    O underground de Fortaleza sempre foi marcado pela resistência e pela criatividade. O Rock Cordel mostra que a cena Alencarina não precisa seguir modelos externos para existir; ela cria seus próprios caminhos.

    tendo em vista todos esses pontos , é merecido uma edição mensal do Rock Cordel , uma edição Anual do Rock Cordel e uma Celebração maior ainda pelos seus 18 anos de resistência dentro da nossa cena

    Como público já participei de várias edições
    como músico tive a oportunidade de estar nesse palco do CCBNB por 2 vezes e garanto que o Rock cordel é patrimônio imaterial da Cultura Popular e Rock da nossa Cidade

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