“A chuva de números que irrigou a horta do candidato do PL vai deste a liderança, passando pelo maior número de votos consolidados, até o menor percentual de rejeição”, aponta o jornalista Luciano Cléver.
Confira:
A pesquisa Quaest, encomendada pela TV Verdes Mares, e a pesquisa Datafolha, pelo O POVO, ambas divulgadas nesta semana, trouxeram uma chuva de bons números para a candidatura de André Fernandes (PL). Não apenas pelo crescimento meteórico de sete pontos percentuais na primeira e nove pontos na outra, respectivamente, com relação aos seus índices anteriores.
A chuva de números que irrigou a horta do candidato do PL vai deste a liderança na Datafolha, passando pela liderança na espontânea da Quaest e pelo maior número de votos consolidados, até o menor percentual de rejeição.
Outra novidade das pesquisas não foi a queda do Capitão Wagner (UB), que despencou em ambas. Mas o também crescimento vertiginoso de Evandro Leitão (PT), que patinava nas pesquisas anteriores, incluindo dados de outros institutos.
A Quaest, por exemplo, questionou o eleitor sobre posição ideológica, resultando em 75% a soma de quem se considera de centro e de direita. A esquerda tem apenas 19%. Ampla liderança de André, que pontuou 37% entre os direitistas. Wagner em segundo, com 30%.
Ainda na Quaest, metade do eleitorado se enquadra como tradicional/conservador, 26% como moderno/progressista, e 18% moderado. Nesses nichos, André lidera direita conservadora, Leitão congrega a esquerda progressista, Sarto (PDT) tem a preferência dos moderados.
O prefeito de Fortaleza, aliás, tem a campanha mais animada, mas tropeçou. Depois das dancinhas e rebolados, falseou em algum buraco e caiu de quatro pontos na Quaest e cinco na Datafolha.
Sem considerar os números em si, mas a tendência que eles representam, a numerologia da Quaest e da Datafolha projeta vitória da polarização: André e Evandro no segundo turno.
Luciano Cléver é jornalista
