Vamos combinar assim: na dúvida, não marca pênalti para o Fortaleza. Mas, se for contra, não há de ter dúvida.
A cartilha que parece estar no bolso dos árbitros e na sala do VAR no Brasileirão foi empregada mais uma vez na noite dessa sexta-feira (22), no Maracanã, no empate em 2 a 2 entre Fluminense e Fortaleza, quando o ex-capitão da seleção brasileira Tiago Silva, zagueiro do Fluminense, estica todo o braço esquerdo para empurrar as costas do atacante do Fortaleza, Breno Lopes, em falta dentro da área.
Após o encerramento da partida, os jogadores do Leão cercaram o árbitro paulista Raphael Claus, torcedor do Palmeiras, antes de passar a apitar jogos, que se mostrou irredutível em sua não marcação da falta dentro da área do Fluminense.
Em entrevista a um canal de televisão, o volante do Fortaleza, Lucas Sasha, apontou que o Fortaleza tem sido prejudicado pela arbitragem, quando tem pênalti marcado contra e não marcado, quando seria a favor. O atleta comparou o lance de pênalti no empate em 2 a 2 com o Palmeiras, quando a suposta falta de Titi teria menos contato que a de Tiago Silva em Breno Lopes.
“Quando é pra nossa vez, (o árbitro) não é nem chamado no VAR”, criticou Sasha.
A convicção do árbitro paulista que impediu a aproximação do Fortaleza dos líderes Botafogo e Palmeiras teve reação de torcedores nas redes sociais e nos comentários de ex-árbitros, a exemplo de Paulo César Oliveira, no programa Troca de Passes, na Sportv, que não teria dúvidas em marcar a penalidade.
“O impacto é nas costas. Quem tem a possibilidade de dominar a bola é o Breno Lopes e o Tiago Silva, na minha avaliação, tem a carga com o braço esquerdo… derruba o Breno Lopes e só depois ele consegue disputar a bola”, analisou o ex-árbitro.
“Os jogadores estão usando muito os braço (para empurrar). Se for fora da área ele (árbitro) vai dar (a falta)”, disse o ex-jogador e atual comentarista Junior, no mesmo programa.
Em entrevista, após a partida, o treinador do Fortaleza, Juan Pablo Vojvoda, evitou comentar a não marcação da penalidade.