Responsáveis pelo fim do coronelismo no Ceará, no chamado Governo das Mudanças, Tasso Jereissati e Ciro Gomes promoveram juntos, por 12 anos (8 dos quais no PSDB), as transformações econômicas e sociais no Ceará, principalmente na industrialização do Interior, no combate à mortalidade infantil e avanços no ensino público.
A parceria política foi encerrada com a saída de Ciro do PSDB, há 28 anos, logo após a eleição de Fernando Henrique Cardoso ao Palácio do Planalto.
Com o rompimento, Tasso se voltou para a polícia nacional, onde passou 16 anos no Senado, e Ciro liderou o processo de sucessores no Palácio da Abolição, incluindo oito anos de mandato do irmão Cid Gomes, atual senador do PSB.
Quase três décadas depois, Tasso e Ciro poderão estar juntos no mesmo partido, diante da fusão do PSDB com o Podemos. Juntos, eles querem impedir a ida do partido para o governo Elmano, além de uma provável candidatura Ciro Gomes ao Governo do Ceará, já no próximo ano.
Na outra ponta está o deputado federal Eduardo Bismarck, atual secretário estadual do Turismo, que deseja aterrissar o novo partido no governo Elmano. O desejo contradiz a história do PSDB, que desde sempre foi oposição aos governos do PT, nas instâncias municipal, estadual e federal.
Diante das indefinições sobre a liderança do novo partido, com legenda 20, a certeza recai somente nas malas prontas de Ciro e Eduardo Bismarck para deixarem o PDT.