“A região nordestina responsabiliza o âmbito privado pela sexualização da criança”, aponta o sociólogo Luiz Cláudio Ferreira Barbosa
Confira:
A Consultoria LCFB teve acesso à pesquisa de opinião pública do IBESPE sobre o responsável pela sexualização das crianças (Quem os entrevistados consideram culpado pela sexualização das crianças na Internet). O resultado revela uma parte de responsabilidade dos familiares, com o sentimento de não ter chegado a uma opinião completa por parte dos entrevistados, mas, temos uma opinião parcial sobre o objeto da pesquisa.
O cientista político, Marcelo Di Giuseppe, tem feito um belíssimo trabalho científico de compreensão do pensamento do cidadão comum brasileiro nas pesquisas de opinião pública da IBESPE, com a colaboração da urbanista, Daniela Soares.
As especificações técnicas da pesquisa de opinião pública do IBESPE- Responsável pela sexualização das crianças:
● Período de campo: de 13 a 15 de setembro de 2025
● Amostra: foram realizadas 1.015 entrevistas –
Modalidade IBESPE CATI
● Margem de erro da amostra: a amostra resultou em
3,1%, para cima e para baixo. Sendo o grau de
confiança de 95%
A Consultoria LCFB vai se ater ao resultado da pesquisa de opinião pública do IBESPE na região do Nordeste. A pergunta foi feita com várias opções de respostas, porém, somente uma resposta de cada entrevistado via modalidade IBESPE-CATI.
A pergunta: o responsável pela sexualização das crianças. As respostas:
● Pais e Responsáveis: 29%
● Internet e Rede Sociais: 7%
● Grande Mídia: 1,5%
● Bolsonarismo: 6%
● Progressismo: 12,5%
● Influenciadores digitais: 3,5%
● Os políticos: 0,7%
● PCC: 0%
● Pedófilos: 1%
● Polarização Política: 0%
● Não Sabe ou não respondeu: 40%
A Consultoria LCFB defende a tese de que uma parte dos entrevistados desejava poder dar respostas múltiplas no questionário da IBESPE, como não era possível, eles optaram pela resposta onde afirmavam não responder ou não saber.
A pesquisa de opinião pública do IBESPE trouxe um dado muito peculiar o de que o entrevistado na região nordestina responsabiliza o âmbito privado pela sexualização da criança. É algo muito próximo de ⅓ dos consultados nordestinos nas entrevistas virtuais. É muito provável uma crítica silenciosa da ausência da autoridade do pai ou da mãe, como também uma crítica ao excesso de liberdade do pré-adolescente nas redes sociais. Na avaliação da Consultoria LCFB.
O pensamento conservador do nordestino na área do comportamento social é especialmente da falta da autoridade das lideranças familiares (pais, avós, tios, irmãos e outros), todavia, o alto índice de crítica ao pensamento progressista pode ser estendido a outro espaço privado ou responsabilidade secundária na construção na consciência social das crianças feito pelas escolas. Na avaliação da Consultoria LCFB.
É preciso frisar que a maioria dos entrevistados nordestinos pela IBESPE-CATI tem uma visão geral do tamanho do problema da sexualização da infância. Há um grande percentual (40%) que não opinou ou desejava múltiplas respostas, porém, tem uma noção da pergunta do instituto de pesquisa opinião pública: responsável pela sexualização das crianças.
A Consultoria LCFB defende a tese de que parte dos entrevistados nordestinos vão responsabilizar a ausência de autoridade dos pais, isso representa algo em torno de 30% dos consultados nordestinos pelo IBESPE-CATI. É uma crítica muito forte ao espaço privado dos lares nordestinos de crianças e de adolescentes.
Na interpretação da Consultoria LCFB sobre a pesquisa de opinião pública da IBESPE-CATI; há uma crítica subliminar ao espaço privado do ensino básico. O principal veículo do pensamento progressista por parte dos entrevistados é a escola seja no âmbito público ou particular, porém, ambas são extensões do espaço privado dos lares nordestinos.
Luiz Cláudio Ferreira Barbosa é sociólogo e CEO da Consultoria LCFB
