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Reduflação: produtos estão reduzindo de tamanho ou quantidade, e os seus preços estão permanecendo os mesmos? – Por Fabiano Mapurunga

Vocês a cada dia que passa, estão percebendo que os produtos vêm reduzindo de tamanho e seus preços estão ficando os mesmos, ou até aumentando?

As nossas idas ao supermercado estão se tornando verdadeiros pesadelos. A cada dia, compramos os mesmos itens e pagamos mais caro, trazendo cada vez mais um volume menor. Pois é, esta sensação é a nossa real situação. As embalagens dos produtos estão cada vez menores, porém seus preços continuam iguais ou até maiores.

Para este movimento pernicioso ao nosso bolso, damos o nome de reduflação, e isso é aplicado no mundo todo. Lá nos Estados Unidos, esse termo recebe o nome de shrinkflation (shirink: encolher; inflation: inflação). É um movimento comum das empresas que passam por uma economia de alta inflação, pois as mesmas precisam se ajustar, diminuindo a quantidade de volume em um item para não gerar escassez no mercado. O aumento no custo das matérias-primas, assim como os atrasos na cadeia de abastecimento, somados às exonerações das folhas de pagamentos, geraram fortes aumentos nos custos de produção, no pós pandemia.

O Supermercado Carrefour na França, chegou a colocar avisos nos produtos para assinalar aos consumidores sobre a redução das embalagens sem ter havido uma redução em seus preços.

Infelizmente, algumas experiências passadas com a reduflação, comprovam que esse fenômeno não retrocede quando a inflação termina.

Para Mark Stiving, da Impact Pricing (Organização que trabalha com a educação de empresas sobre preços), consumidores percebem mais os aumentos de preços, do que as reduções de tamanho. Para Mark, as empresas acabam se utilizando da reduflação, para aumentar seus preços de uma maneira mais suave.

Vamos ver aqui alguns exemplos do nosso cotidiano:

– Barra de Chocolate: caiu de 200g para 180g, depois para 150g, 125g, 100g, 90g e hpje algumas marcas chegam até a vende de 80g;

– Biscoito Maisena: caiu de 200g para 175g;

– Biscoito Wafer: caiu de 160g para 100g;

– Molhos de Tomate: algumas marcas caíram de 340g para 300g;

– Leite condensado: quase a totalidade das marcas, foi substituído por “mistura láctea”;

– Palitos de fósforo: caíram de 240g para 200g.

Informações do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), classifica como o principal motivo para algumas marcas estarem adotando a reduflação, é a redução do poder de compra da nossa população, que decresceu em 30% nos últimos anos. A mesma pesquisa demonstra que em 2022, uma nota de R$ 100,00 compraria o mesmo que R$ 13,91 em 1994.

Para Phil Lempert, analista da indústria alimentar e editor do SupermarketGuru, os consumidores acabam se adaptando às mudanças por falta de escolha. O mesmo também informa, que a fidelidade a uma marca despenca em épocas de reduflação, pois as pessoas acabam mudando para as marcas próprias dos supermercados. Para o analista, mesmos após o período de crise econômica, algumas empresas acabam se aproveitando da situação para permanecerem com seus produtos de volumes reduzidos cobrando o mesmo preço, afim de alcançarem melhores resultados.  

Nós consumidores, precisamos ficar bem atentos e vigilantes aos preços para não cairmos nessas armadilhas.

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Respostas de 6

  1. Matéria que esclarece uma prática difícil de aceitar.

  2. Como tenho visto produtos com aumento de preço e com menor quantidade , mas não sabia o nome que se dava : reduflação!! Obg pelo novo aprendizado

  3. Essa matéria se encaixa exatamente em nosso dia a dia!! Muito bom!!

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