Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors

“Restaurando a Praça dos  Mártires”

Paulo Elpídio de Menezes Neto é cientista político, professor e escritor, além de ex-reitor da UFC

“Não foram poucas as iniciativas bem sucedidas neste plano de preservação e recuperação  de um rico patrimônio sob ameaça iminente de perda”, aponta o cientista político Paulo Elpídio de Menezes Neto.

Confira:

A Universidade Federal do Ceará, o governo do Estado e a Universidade de Fortaleza, além de outras iniciativa relevantes, mostraram como é possível direcionar políticas públicas e a iniciativa privada em favor da preservação da memória histórica e artística do Ceará.

Por iniciativa  da UFC, algumas obras de referência sobre  as artes plásticas cearenses e do Nordeste, marcam o seu pioneirismo no campo das pintura, da gravura popular e das artes sacras, da arquitetura, da produção editorial, da musica e da cultura em seu sentido mais amplo. 

A UNIFOR reuniu o mais importante repositório de artes plásticas da região, uma amostra significativa da pintura brasileira,ao lado do Museu de Arte da UFC. 

O reitor Antônio Martins Filho e o chanceler Airton Queiroz são os dois mecenas a quem o Ceará e os cearenses ficam a dever a reunião de um patrimônio artístico de excepcional importância e de grande valor cultural.

O governo do Estado, malgrado a irregularidade e a descontinuidade das obras de preservação do patrimônio histórico do Ceará, parte do qual perdida  em face do desapreço que os políticos lhe dedicaram, ainda assim, em período recente, promoveu uma série de ações sistemáticas em favor da restauração de bens culturais tombados e em abandono. Não foram poucas as iniciativas bem sucedidas neste plano de preservação e recuperação  de um rico patrimônio sob ameaça iminente de perda. 

A valorização do artesanato e das várias formas de representação da arte popular, a recuperação da antiga Cadeia Pública, o Centro Dragão do Mar e a Biblioteca  Publica, além do teatro São José antecipara a maior das intervenções sobre o patrimônio cultural do Ceará: a Estação das Artes, centro de convergência da guarda e da promoção de ações culturais sobre a nossa História.

As instituições federais com atuação regional e as novas orientações de preservação do patrimônio cultural do Ceará deveriam considerar como projeto central de um grande “parque histórico” a integração de alguns espaços fundacionais, nos quais se inscrevem a história nos começos da colonização, os grandes embates militares pela ocupação do terreno, as praças de defesa, os lugares nos quais fizeram-se martires doze dos nossos heróis insurretos, pela Independência, na Confederação do Equador.

É tempo de considerar a fixação do lugar como “sítio histórico, ao qual se pode associar a fundação do Ceará. 

A “praça dos Mártires”, com a denominação que melhor a define, e a Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção haveriam de compor um sítio único, com a separação das obras que lhe foram acrescenta das do seu perfil histórico originário. A Estação das Artes, a Cadeia Pública,  a Santa Casa de Misericórdia , o Centro de Turismo do Estado (EMCETUR), antiga Cadeia Pública, o Museu da Indústria, o prédio da FIEC (antigo Palace Hotel) as muralhas do antigo Forte e o QG da Região  Militar constituiriam um conjunto articulado, com separação das atuais funções administrativas da memória histórica, comum a todo esse espaço de notável significação histórica e cultural para a História do Brasil. No prédio do Palace Hotel, feitas as adaptações requeridas — seria instalado o Museu Histórico do Ceará.

Simples assim.

Paulo Elpídio de Menezes Neto é cientista político, professor, escritor e ex-reitor da UFC

COMPARTILHE:
Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram
Email
Mais Notícias