Com o título “Riqueza desperdiçada”, eis a contribuição da jornalista Silvania Claudino, editora do jornal “O Sertanejo”, de Crateús. Ela denuncia que a obra da Barragem Fronteiras está parada desde o semestre passado.
Confira:
Imagens destes dias mostram a Barragem Fronteiras com bastante água, por conta das boas chuvas que caem na região, no que trazem alegria e, ao mesmo tempo, desalento.
Alegria pela certeza do potencial da obra e da riqueza que ela será para Crateús e região, quando estiver concluída e armazenando muita água.
Desalento pelo fato de se presenciar o precioso líquido desperdiçado, apenas passando por toda a área da obra.
De responsabilidade do DNOCS, a obra se encontra parada desde o início do semestre passado e é um dos maiores sonhos e necessidade dos crateuenses, já que pronta deverá resolver a questão hídrica local e propiciar novos rumos no desenvolvimento agrícola no município. Por cerca de três décadas, a população sonhou com a construção da Barragem e continua sonhando, agora com o término.
Com um orçamento de mais de R$ 600 milhões, a construção foi iniciada em 2 de janeiro de 2018 e tinha previsão para ser entregue concluída à população em julho de 2024.
Localizada entre os distritos de Poti e o de Ibiapaba, próxima da fronteira com o estado do Piauí, a barragem representará importante transformação para a comunidade nos aspectos hídrico, econômico, político, ambiental, social e geográfico. O açude beneficiará cerca de 300 mil pessoas.
O empreendimento terá capacidade para acumular 488,18 milhões de m³ de água e prevê, além do abastecimento populacional, que a vazão regularizada da barragem poderá viabilizar a irrigação de cerca de cinco mil hectares de terras aptas à agricultura, nos projetos dos perímetros irrigados de Platô Poty 1 e 2, Realejo, Graça Ampliação e Novo Oriente, podendo ser usada também na piscicultura local e indústrias.
*Silvania Claudino
Jornal O Sertanejo
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